13 de dezembro de 2009

Estomatite herpética?

Fiquei assustada quando, por telefone, o seu pediatra disse que pela descrição dos sintomas tudo indicava que você estava com essa doença. Gente, que horror!! Como é que pega isso, perguntei. Ele começou: "Pode ser pelo contato com outra criança..." e eu interrompi: "Ou da sujeira de se arrastar no chão do shopping?". Adivinhe a resposta! "Pode ser sim!", afirmou. Ai, meu Deus. Filho, você não tem idéia do remorso que tomou conta de mim. Seu pai estava preocupado com a sua felicidade e você estava curtindo bastante. Mas eu fiquei me perguntando por que deixei; por que não te tirei do chão? Pensei em tudo e fiquei me culpando por essa primeira doença, tadinho. Estomatite é sacanagem! Pesado! Fiquei torcendo para que talvez não fosse isso, já que o diagnóstico foi feito por telefone.
Mas o negócio estava estranho mesmo. Tudo começou já na segunda-feira, um dia depois de você se arrastar feito uma minhoca. Eu logo percebi quando cheguei do trabalho umas manchinhas avermelhadas na parte interna do lábio inferior. Fiquei intrigada, mas a Dorinha disse que você havia batido a boquinha no berço. Fazer o que, acidentes acontecem, né?! Na quarta-feira, teve febre de dia e à noite. A babá disse que você tinha ficado chatinho e comido menos. De madrugada, chorou bastante, acordou umas quatro vezes e tivemos até que chamá-la, lá pelas quatro da manhã, porque daquele jeito, mamãe e papai não conseguiriam trabalhar direito no dia seguinte. Deu dó. Te demos tylenol 3 vezes, entre a tarde e a madrugada, respeitando os intervalos exigidos. Eu tinha certeza que era por causa dos dentes que estão pra nascer. Tem criança que sofre, você até não tinha tido nada com os dois primeiros. Conversando com a Laura e a Lidi, acabei pegando o nome de uma pomadinha que elas usaram para aliviar os sintomas e estava decidida que nem precisaria ligar para o pediatra. Mas quando cheguei em casa do trabalho, na quinta-feira, vi que as manchinhas vermelhas no seu lábio ainda estavam lá e que uma, de cor mais intensa, tinha aparecido no lábio superior. Muito estranho, né?! Nunca tinha ouvido ninguém dizer que o nascimento dos dentes provocava isso. Resolvi ligar pro pediatra, que confirmou a Nenê-dent como a pomada indicada para os dentes, mas disse que as manchinhas vermelhas indicavam ser uma estomatite herpética. Da família da herpes, porque se manifesta na boca. Afe!
Os sintomas, segundo ele, seriam os que você estava tendo: febre e inapetência. E prescreveu alguns medicamentos manipulados, além do tylenol e do Alívium, para intercalar. Entre eles, um tal de mercúrios corrosivos. Nome bom, né?! Dá a impressão de que vai matar o bicho. rs. Sorte que eram as bolinhas, que você toma sem problemas. O Tylenol foi meio difícil de dar.
A segunda noite, de quinta-feira, também foi péssima. Mas nessa, como eu sabia que você teria fome, já que rejeitou as duas refeições do dia, te amamentei. Três vezes: 00h30, 04h e 06h. Você também acordou 1h30, mas só te ninamos. Febre não teve, graças a Deus. Foi só um dia mesmo. Os remédios da Welleda só chegaram na manhã de sexta, quando você também já estava melhorzinho.
Graças a Deus se recuperou super bem. Essa última noite, de sábado para domingo, você nem acordou, filho. Foi direto de quase 11 da noite até 8h30 da manhã, sem mamar. Nem acreditei. E agora tá dormindo há quase duas horas e meia. Que maravilha! Ainda bem que você tirou de letra a doencinha, que a gente nem vai saber se foi mesmo a tal da psicologicamente assustadora estomatite herpética, de tão rápido que curou.
Além do mais, é como todo mundo que queria me animar dizia: "Assim ele vai criando anticorpos! hahahaha. Jeito bom de acalmar uma mãe desesperada!
De tudo isso, teve uma moral da história também. Eu, que trabalho pra não ser exagerada na questão da limpeza com você, pra te deixar viver sem neuras e sofrer menos do que eu com a sujeira, descobri que há limites. Também não pode tudo, não! É pra isso também que mãe existe. Só fico pensando no tanto que as vendedoras devem ter ficado indignadas em me ver do lado e te deixar arrastar no chão daquele jeito. Estava errado mesmo, senão você não teria adoecido! Da próxima, vai brincar, mais não vai adoecer!
E mais: Viva você filho! Tá te parabéns, mandou muito bem, já está bom de novo!
Será que o aleitamento materno ajuda nisso, gente? Fico me perguntando, porque o Rafael ainda mama! Que orgulho!

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