17 de setembro de 2011

Declaração de amor

"Mãe, você é linda!", repetiu mais uma vez depois de ter feito a mesma declaração para mim e para o pai outras vezes durante o dia. E teve mais: "Eu tenho duas mãos... pra fazer carinho", disse enquanto me acariciava no rosto e a você mesmo deitado, agora há pouco, antes de dormir. Um jeito lindo de terminar um dia que foi muito gostoso.

SÁBADO DE SOL E UM FRIOZINHO

Tudo certo, familinha unida, tempinho bom, todo mundo no clube. Ficamos lá durante a tarde, porque demorei muito para sair de casa. E não fiquei nem um pouco preocupada, olha que maravilha?!
Você filho encontrou com os amiguinhos mais velhos e reviu a Nicky, irmã do Juan que foi colega do playbaby durante todo o ano de 2010. Há muito tempo não se encontravam e o carinho daquela época permanece. Ela cuida de você e você fica colado nela. Ficaram lá no tanquinho de areia um tempão, numa boa...
Jogou bola com o Fernando, cinco dias mais novo...E aceitou tranquilamente dar uma bala para as crianças que estavam por perto. O pacotinho da frutella de morango - lembro da minha adolescência no Pitágoras, em BH, quando essa bala foi lançada - sumiu rapidinho.
Na volta, apagou no carro como prevíamos. Dormiu comigo na nossa cama umas duas horas - fim de semana durante o dia pode, sem que isso tenha sido instituído assim - e depois desceu para ficar com o pai enquanto ele fazia um Carrè de agneau maravilhoso. Jantamos juntos, assistimos um pouquinho de Discovery Kids e deu a hora do banho... tarde, tarde. Já eram 22h20, mas é mais uma constatação da minha flexibilização. Tem sido assim, filho. Mamãe está, aos poucos, se tornando mais levinha, menos preocupada, mais tolerante, mais compreensível com o seu comportamento. Continuo atenta, rígida, empenhada na educação, mas estou conseguindo me libertar da preocupação constante com tudo: a energia ligada no 220, a roupa de frio, a reação com as outras crianças quando é contrariado, a briga com um xixi ou um cocô fora do lugar para chamar a atenção. Tô dando duro na análise para conseguir isso, mas tá valendo a pena, porque as coisas estão ficando mais leves e o resultado com você é maravilhoso. Hoje você foi nota mil. Nós também! Você é lindo.

11 de setembro de 2011

Ai, perdeu o sotaque mineirinho..."apaulistanou"!


Começou no dia 28 de agosto, cerca de 15 dias depois de você completar dois anos e meio. Eu reparei logo de cara. Era um sábado de folga e você falou: "Mãe, vamos ver Três PoRIquinhos!" PoRIquinhos?! Ai, meu Deus! Depois, falou gaRIfo (garfo) ... e eu tive certeza: não tinha mais jeito, estava mesmo perdendo o sotaque da mamãe, que predominou desde o início da sua fala. Sotaque que fez até você ser chamado de "mineirinho" pela primeira professora na escola, a Dinha. Logo gritei: Marco, você percebeu isso?!" Meu coração ficou pequeno porque adorava que você falasse do meu jeito, com o R mineiro. Na verdade, só tive consciência disso quando você "apaulistanou". Quando me dei conta, disse: "Filho, você é paulistano!" Sabe a resposta? "Não, mãe. Eu sou Corinthians!" Ai, Jesus! Rs. Aí fui explicar que paulistano é quem "sai da barriga da mãe em São Paulo". E que eu era belohorizontina, porque saí da barriga da minha mãe em Belo Horizonte. Você, tentando reproduzir ficou dizendo "bilorizongo!" rs. Bem, naquele primeiro fim de semana o R paulistano ainda estava difícil. Tinha um som muito nítido de I depois do R. Ainda era a transição... mas agora, dois fins de semanas depois, você já incorporou totalmente, perfeitamente. "Porta, quarto, short, Marco, garfo, tudo tudo tudo é com o R que você bem expressou no começo, como se tivesse som de RI. Só que agora flui naturalmente. Quem ouve, não percebe que você está mudando a forma. Detalhe: toda vez que eu te imito, aí você corrige para o R mineiro, dando sinal claro de que percebe a diferença quando repito. E meio que tentando se corrigir, como se o jeito novo não fosse certo. Eu só repito porque é surpreendente que tenha sido tão rápida a transição. Você não precisa mais se esforçar para falar como os coleguinhas, a professora e todo mundo mais por onde você anda, afinal, filho, você é paulistano!

OBSERVAÇÃO: Fez dois anos e sete meses hoje, 11 de setembro. No meio da tarde fomos à Playland com a Tia Lidi e Sarinha e tia Laura, Lucas e Daniel. Eu não acreditei que ela estava com os dois, mas foi bacana.

Você era o mais ativo, corria o tempo todo, para todo lado... mas foi uma delícia. Afinal, estar com eles é sempre uma maravilha. Pena que a gente não consiga mais se ver como era na época das nossas primeiras barrigas, grávidas juntas. Na despedida, fotos (feitas com a máquina da prevenida Tia Laura) e muitos abraços.

A impressão que tenho é de que, até entre vocês, é como amizade antiga. Podem ficar um tempão sem se encontrar que quando se veem é como se estivessem sempre juntos. Tem as brigas, claro, mas rola afinidade. Isso é uma delícia.