27 de maio de 2009

Vô Marcos


Ele chegou da Bélgica em São Paulo no dia 18 de maio, três meses e uma semana certinho depois que você nasceu. Seu pai foi buscá-lo no aeroporto e a mamãe ficou com você, que mamou e voltou a dormir. Quando eles chegaram em casa, você tinha acabado de acordar. Mamãe confessa que ficou até com um pouco de taquicardia só de ouvir a voz dele. Gente, que delícia ver seu avô te conhecer. Quando ele te pegou no colo, mamãe quis logo registrar com foto... mas a máquina estava sem bateria. Fala sério! Tiramos outras depois.
Bem, ele também achou que você está grandão... quando te viu no banho logo falou das celulites no bumbum!!! rs. É, você tem algumas, mas a mamãe acha o máximo. É tudo de leite do peito! Ele brincou com você e te fez dar gargalhadas cantando o que a mamãe já chama de 'Samba do Vovô': "tundun que te kidun dundum... que te kidun dundun... ", imitando som de batuque. Você se derrete! Era um domingo e seu pai quis fazer um almoço para recebê-lo. A casa encheu. Além do vovô, também estavam aqui a namorada dele, Ju, o filho, Pedro, e a mãe dela, Márcia. Vieram de BH para reencontrá-lo. Todos muito 'gracinha'. Sua irmã e o namorado também vieram. Éramos nove, dez com você. Foi gostoso... o dia estava lindo e, apesar de ser outono, conseguimos passar um bom tempo na mesinha do quintal. Depois do almoço, ficamos por aqui. Seu avô e a Fê, que ficaria uma semana sem te ver, se revezavam na corujice. Um momento curioso foi quando o vovô estava com você no colo e o Pedroca quis sentar na outra perna. Mamãe achou bonitinho o ciúme que ele teve... (seu pai não perdeu a oportunidade e fotografou).
Passamos o dia juntos. Tê-lo de volta é uma maravilha. Quando ele ligou na semana anterior dizendo que voltaria de vez, mamãe comemorou. Mesmo não morando em BH, com ele no Brasil, estamos bem mais perto. Eu quero muito que ele acompanhe o seu crescimento e que você conviva com ele, que leva o maior jeito com criança e que agora vai poder curtir o neto.

BH: Too far!



Na terça-feira seguinte, botamos tudo no carro e fomos para BH com ele. Seu pai ficou para trabalhar e nos encontrou no sábado seguinte. Saímos por volta das 11h30 e lá pelas 19h já estávamos bem perto. Você já demonstrava sinais do cansaço. Ao contrário da primeira ida, quando você ainda não tinha nem completado dois meses, dessa vez foi duro o finzinho. Você começou a choramingar, não aceitava nenhuma posição... eu logo percebi que não dá mais para fazer essa viagem de 600 km com você num só dia. Tadinho, é muito longe... Quando chegamos na casa da vovó Paula, foi uma operação à jato para te dar banho para você relaxar logo. Mas pouco depois, já fresquinho, você caiu no choro! Foi daqueles fortes, que dura uns vinte minutos. Seu avô ficou assustado, mas fez questão de te pegar no colo. Até te tirou dos braços da sua avó... queria ser ele a pessoa a te acalmar. Depois me disse que com filho, depois de muitas tentativas, o pensamento é: "Quer chorar, então chora!". Mas que com neto é diferente: "Eu tenho que conseguir fazê-lo para de chorar!", explicou.

Primeiro neto
Ele anda todo orgulhoso...no primeiro encontro com a sua avó disse: "É Paula, o nosso DNA tá fraco, porque ele não puxou em nada a gente!". Realmente, você é a cópia autenticada do seu pai. Aliás, pra não dizer que ele também não procurou, viu que o seu lábio têm os traços do dele: um vinco entre o nariz e a boca e lábio carnudo em formato de triângulo na pontinha. Só o lábio, porque o formato da boca é do pai.
No primeiro dia lá, você estava chatinho, queria dormir, mas não conseguia... ficava observando tudo, percebendo que não estava em casa e resmungando. E eu com você no colo mais de uma hora e meia, morrendo de saudade de casa, da ajuda da babá. A única coisa que eu pensava era: "O que eu vim fazer aqui em BH num dia de semana, com todo mundo trabalhando?!". Liguei para o seu avô e disse que ele tinha me deixado "no vinagre", para usar uma expressão dele. Não demorou meia hora e ele apareceu lá na casa da vovó. Deixou o que ele estava fazendo para trás e foi nos ver. Bacana demais!
À tarde nos levou na Dona Esmeralda. Eu queria mesmo que ela te conhecesse. Nós passamos umas horinhas na casa dela, você mamou e, antes de irmos embora, ainda fez uma oração pela sua vida. Que maravilha... se a vovó (que será a sua madrinha) e o papai estivessem lá, nem precisava de batizado.
Na sexta, ele levou o seu bisavô Lu em casa. Estávamos em quatro gerações da mesma família.
Dias depois, a tia Eliane contou que quando encontrou com o vô na Prefeitura, ele só falava de você. Durante os dias que ficamos lá, ele queria te carregar, te fazer dormir... Te tirou até do colo do seu pai, que ficou quatro dias sem te ver. O argumento? "Vocês vão embora e eu vou ficar um tempão sem vê-lo", ele disse. Mamãe confessa que ficou super feliz. Ele será o seu padrinho.

25 de maio de 2009

Encontro com a família paterna em Fartura


Finalmente mamãe conseguiu um tempinho para deixar registrado a história da sua primeira ida para Fartura, na casa dos avós paternos. Era feriado de Primeiro de Maio, uma sexta-feira. Seu pai botou o "mundo" no porta-malas mais uma vez e a gente saiu de casa pouco depois do meio dia. Chegamos lá rápido porque, de novo, você não deu trabalho nenhum na estrada. Já tinha feito cocô e, como a viagem é mais curta do que para BH, nem precisei trocar sua fralda. Quando chegamos, a casa já estava cheia. Tia Si, tio Lelo e os primos Lucca e Breno estavam na porta. Logo chegou a vó Nair. Você estava mamando desde Taguaí, a cidade vizinha. Ficou mais de três horas sem mamar e eu resolvi te colar no peito para evitar a choradeira na chegada. Deu certo. Quando você largou, estava todo simpático. Vovó não acreditou no tanto que você cresceu. Tia Si teve a oportunidade de te ver rindo nos braços dela. Você passou a tarde acordado, observando tudo... (ela deu de presente um pingente de um menininho, que a mamãe amou). Mais tarde, armamos o seu bercinho, que ficou ótimo graças à solução encontrada pelo tio Du, claro. Ele colocou as portinhas finas de um armarinho da sua vó sustentando o colchãozinho e isso impediu que você ficasse balançando a cada mexida durante a noite. Também foi ele quem preparou a água do seu banho e armou a banheira no quarto, pra você ficar bem quentinho. À noite, quando você já estava mamando deitado com a mamãe, a tia Gi e a Júlia chegaram de surpresa. A vó Nair contou que ela disse: "Júlia, vamos lá ver o Rafael?". Saíram de Maringá à tarde e chegaram na casa da vó e do vô por volta das oito da noite. Por isso, a tia Gi só te viu dormindo na primeira noite que, graças a Deus, foi tranquila. Eu confesso que estava tensa por causa do barulho no quintal. Aqui em casa é tudo tão silencioso depois do seu banho... mas lá, como em todos os encontros da família, os irmãos conversavam, contavam piadas, se divertiam. Para a minha surpresa, você dormiu.
No dia seguinte, saímos para passear na rua.
Lucca e Breno se revezaram na função de empurrar o seu carrinho. Foi gostoso. A cidade é uma delícia e aquele bairro, super tranquilo. O ar, puro, puro, puro. Eu e seu pai estávamos bastante felizes. No almoço teve feijoada e a mamãe devorou. Foi a segunda ou terceira vez que comi feijão desde que você nasceu. Nos primeiros meses fiz de tudo para evitar as suas cólicas. E, como elas já não nos perturbavam mais, abusei. Admito que fiquei com um sentimento de culpa e que, a qualquer chorinho, achava que pudesse ter sido pelo feijão! rs.
O vô 'Gripino' adorou a visita, mas não quis te pegar no colo. Disse que você ainda era muito molinho e que quando ficasse maior te pegaria. Sua vó disse você sorriu para ela várias vezes durante a horinha em que ela cuidou de você, enquanto a mamãe e tia Gi saíram para comprar umas bugigangas.
No domingo, além da Júlia, a Marcela também estava por lá e até te pegou no colo. O feriado passou rápido, mas em breve estaremos de volta para o aniversário do seu avó, que completa 70 anos. Ninguém quis falar abertamente, mas a mamãe sabe que todo mundo te achou o cara do seu pai.

14 de maio de 2009

O primeiro Dia das Mães

Foi uma delícia. De manhã te dei de mamar, brinquei com você e depois da segunda mamada te dei um banhinho para que você pudesse dormir enquanto a gente almoçava. Seu pai levantou para terminar o almoço que começou a preparar na sexta-feira (você vai aprender cedo o quanto ele é dedicado à arte da culinária e o quanto cozinha bem). O presente só aceitei ganhar depois de tomar banho e ficar pronta, afinal, queria não só curtir as surpresas como também registrar com fotos o nosso primeiro Dia das Mães.

Filhote
Passei o dia olhando para você e pensando que foi você quem me colocou nessa posição, que eu tanto amo. Depois de pronta, desci. A mesa estava posta, com um arranjo de rosas vermelhas no centro. O papai perguntou então se já podia dar o presente e trouxe um pacote da Livraria Cultura. Dentro, um livro maravilhoso, que estou louca para ler de cabo a rabo, mas que ainda não consegui ir além do prefácio (estou atrasadíssima até com os registros da sua vida). Então, o livro chama-se "MEU BEBÊ: a incrível capacidade de evoluir tanto em tão pouco tempo", de Desmond Morris. Um 'coisa' de maravilhoso, com tudo sobre o desenvolvimento de um bebê como você. O subtítulo é perfeito para o impacto que a sua evolução me causa. Depois, a segunda surpresa: uma jóia com o pingente de um menininho, que eu tanto queria. É lindo, lindo... e eu tenho achado o máximo sair com ele no pescoço. Parece bobo o que vou registrar aqui, mas é como se eu dissesse para todo mundo do orgulho que sinto em ter você. Depois dos presentes, o almoço: um 'COQ AU VIN' (lê-se KÓK Ô VAN), receita francesa em que o seu pai já está craque. Você estava dormindo e foi super tranquilo. Seu pai já tinha falado com a vó Nair e a mamãe só depois conseguiu ligar para a sua vó Paula, que já tinha ligado aqui várias vezes e não conseguia falar. Contei muitas histórias... todas sobre você, claro. Mais tarde, seu pai ainda escreveu, a meu pedido, a dedicatória no livro. É de emocionar qualquer um e até você vai achar bonito quando estiver entendendo o que é uma declaração de amor. Deixo registrado aqui a reprodução do que ele escreveu, para que esse registro nunca se perca:
"São Paulo, 10 de maio de 2009
Para o meu amor, mãe de nosso querido filho, que chegou para iluminar a nossa vida. Para a mamãe que hoje comemora o primeiro dia das mães, dedicada, incansável, linda, que faz dos nossos momentos em família os mais importantes de nossas vidas. Eu te amo muito. Você e nosso filho Rafael. Você é a razão da minha vida. Ele também!"
Não é lindo? Eu espero que você também se torne um cara romântico e bacana como o seu pai. O exemplo você terá e, como mãe, também tomo como missão te ensinar esses valores. Ser sua mãe tem sido maravilhoso! Que Deus me dê muitos anos de vida...

10 de maio de 2009

Sábado de sorrisos


Mamãe estava certa: você ainda não precisa do Nan. O choro intenso foi causado por um fator externo à amamentação: a adaptação com a novidade de ter uma babá ajudando a cuidar de você. Fiz o teste ontem, sábado, depois dos episódios de pânico na quinta e sexta-feiras. Você praticamente não chorou durante todo o dia, filho! Pelo contrário, estava de ótimo humor desde a hora que acordou. Fiquei brincando com você na cama do escritório enquanto o papai tirava fotos. Até gravamos as suas risadas e conversas. É, você deu pra falar de um jeito, que é uma coisa. Ontem, depois de te amamentar no finzinho da tarde, até liguei para a vó Paula para ela te ouvir. Ela dizia: "Gente, isso é ele?! Falando com essa voz forte assim?!". Você só não pode perceber que tem celular perto, senão para tudo para observar.
Pois então é isso... estou aliviada de saber que você ainda não chora por motivos ligados à quantidade de leite do peito, que ainda é suficiente para você. Ao mesmo tempo, não sei o que fazer para você se adaptar numa boa sem estresse à babá, de quem a mamãe precisa, já que avós e família estão longe de casa. O jeito é esperar o tempo mesmo.
Hoje é dia das mãe e, mais tarde, a mamãe vai escrever sobre isso... o dia está lindo, mas está só começando. São 11h10, você mamou há pouco e voltou a dormir.

Ter você feliz assim não tem preço. É uma felicidade que toma o peito.

9 de maio de 2009

O choro enlouquecedor... Dr. Fran e Super Nanny!

Mamãe passou a madrugada pensando no Nan. Até desci para a cozinha para preparar a água potável fervida, mas descobri que ainda não quero te dar. Logo logo será possível entender porque o leite é a "chave" desse registro aqui.
Bem, ontem vivi momentos de desespero. Você urrou duas vezes à tarde no carro com a babá. A primeira voltando do shopping. Faltavam pouco menos de 30 minutos para você mamar de novo e você não deu trégua. Jesus, é uma coisa de enlouquecer! Você chora como se estivesse sendo crucificado inclusive, de tão forte. Eu dizia para ela passar o paninho no seu rosto porque poderia ser sono, já que você tinha dormido menos de uma hora. Não adiantava. Outra tentativa foi usar o chocalinho barulhento... não adiantou. No fim, eu já estava tão desesperada, sem entender que dizia: "Então deixe chorar!". A gente fica brava, mas ao mesmo tempo, querendo te ajudar. Só sei que eu ficava dando sugestões para cada hora ela fazer uma coisa nos menos de 4 quilômetros, que pareciam uma imensidão. Ah, detalhe: logo no começo, a cancela que a mamãe escolheu para sair do shopping enguiçou... e você no carro chorando. Ai, que desespero gente! No carro ainda pensei que eu tinha que comprar uma sirene e botar em cima para abrir passagem... parece que quando a gente está com pressa, tudo demora mais. Se em vez de botar a sirene eu botasse um alto falante com o seu choro, teria a mesma eficácia. É um negócio de doido... de tão alto! Chegamos em casa, finalmente, te peguei no colo e consegui te acalmar. UUUUFFFFAAAAAAA! Quer dizer, bem mais ou menos, porque tive que me virar nos 30 para conseguir botar parte da roupa de ginástica. Eram 15h já e às 16h eu tinha aula marcada no clube com a Paula. Colei você no peito e a paz reinou! Te amei de novo e, enquanto te amamentava, ficava pensando o que teria provocado aquele surto. Só Deus sabe o que passou na minha cabeça... a ponto de eu achar que podia ter sido até o seu nome! É, desde que a mamãe escolheu Rafael, ouvi de várias pessoas: "Prepare-se, porque eles dão muito trabalho!". O seu avó Marcos disse: "Todo Rafael é da pá virada!". Mas eu amo o seu nome, você foi planejado, não tem nenhuma dorzinha, recebe amor constante... então o que poderia ser?, eu pensava. Talvez, a fome. Você mamou quase quarenta minutos, como se nada tivesse acontecido. Ficava me olhando com uma cara de levado, me observando, esboçando até sorrisos no peito! Quando você terminou, zunei. Te botei no carro com a babá e fomos para o clube. Quanta saideira... mas filho, eu não podia te deixar aqui em casa só com ela de jeito nenhum.

SURTOS
Na véspera, tive que sair às pressas da drenagem, porque você surtou também. Seu pai me ligou no meio da sessão. Eu quase desliguei dizendo: "Tô na massagem!". Ele gritou do outro lado: "Ou, ou... o nenem tá chorando em casa!!!". Pulei da maca, deixei a Maria Paula de cabelo em pé e vim para casa... de novo, faltou só a sirene, porque eu estava maluca. Por isso, não ia arriscar deixar você no dia seguinte sozinho de novo. Eu e seu pai pensamos muito e achamos que você chorou daquele jeito porque ainda não se acostumou com a babá. Era o quarto dia dela e, a mamãe ainda quer fazer tudo. Se posso, te pego em vez de deixá-la. Mamãe ficou colada em você quase três meses. Você teve as suas duas avós nos primeiros 40 dias, mas depois fui só eu... agora vai para outro colo, com outro cheiro... demora mesmo para se acostumar. Deve assustar até.
Pois bem, no clube você dormiu! Realmente você adora aquele lugar. Também, vai lá desde que tinha 10, 12 dias de vida...Quando saí da aula (perdi 15 minutos, porque não consegui chegar na hora), você estava dormindo. Deu até medo de mexer no seu carrinho... e não deu outra: você acabou acordando. Tive que passar na farmácia para comprar uma neosaldina - a sinusite atacou - e te deixei no carro. Quando voltei, de repente, você surtou. Foi um choro instântaneo, daqueles de susto. O que será que aconteceu? A batida da porta? Não dá para saber! Desci, peguei você no colo, mas não adiantou. Acabei te devolvendo para o colo da babá para conseguir chegar em casa. Você chorava, chorava, chorava de um jeito que eu não sabia o que fazer. Era a segunda crise do dia. Meu Deus, fiquei sem rumo. Chegando em casa, se acalmou um pouco. Te meti no banho para dar de mamar depois. Antes consegui tomar uma ducha, mais rápida do que aquelas que a gente toma de água fria quando vai entrar na sauna. Eu estava tão preocupada com os episódios incomuns de choro intenso antes da hora de mamar, misturado com a dor de cabeça e o remédio, que achei que não ia ter leite para a sua mamada noturna. É impressionante como essas coisas deixam a mãe desorientada, insegura. Eu fiquei assim. Pior, você pegou o primeiro peito e, vinte minutos depois, começou a reclamar. Também não sei porquê, mas te mudei de peito e você ficou quietinho. Liguei para o seu pai às pressas pedindo para ele voltar para casa antes porque eu achava que você precisaria do Nan, pela primeira vez. Ele ficou de ligar para o Dr. Fran. No fim, quando ele conseguiu superar o trânsito cão, você já estava a 1 hora e 40 no peito, calminho, cochilando e sugando. O Dr. Fran ligou logo em seguida. Resumi um pouco do problema, mas disse que você tinha tido dois ataques de choro intenso meia hora e 50 minutos antes de mamar e que eu não sabia se podia ser fome... Eu também só lembrava da história da Laura. Ela dizia que teve uma época que o Lucas chorava muito. Depois de várias tentativas, a pediatra sugeriu dar o Nan. Apesar do ganho de peso constante, ele poderia estar querendo mais do que recebia no peito. Dito e feito: o bebê ficou bonzinho de novo. No seu caso, era diferente, porque você não chorava muito de dia se não fosse na hora de mamar. Contei um pouco do caso para o nosso pediatra e o Fran sugeriu tentar dar o Nan, então. Disse para dar de madrugada, quando você acordasse de novo. Tudo beleza... só que faltou perguntar se podia deixar preparado já. Na lata não tem orientação e eu não tive coragem de ligar de novo... foi quando o seu pai falou: Então liga para a Laura!". Boa! Foi o que fiz.

A SUPER NANNY
Liguei no celular dela... era pouco antes das 21h. Achei péssimo, mas pensei que no celular seria menos mal. Ela estava em casa e disse que me ligaria. Quando eu falei com ligava, ela fez: "Não, não!!! O Lucas acabou de dormir!". Só quem é mãe de bebê entende o desespero que é ter o telefone tocando à noite em casa, quando a gente está fazendo o bebê dormir ou está dormindo. Logo que eu disse: "Olá, Super Nanny!", ela riu e disse: "O quê, é alguma dúvida?!". Claro, né?! A essa hora! Conversamos um tempo, falei de toda a história para dizer: "Afinal, posso preparar o Nan agora para dar de madrugada?". Não! Ela me ensinou até o truque que usa para não ter que ir para cozinha esquentar a água enquanto o nenem chora: deixa o pó na mamadeira e usa a água da garrafa térmica para prepará-lo. Fast-food! Falamos bastante (ela também disse que chegou a achar que o nome que escolheu era o motivo do trabalho que o bebê dava. A gente pensa cada coisa!) e ouvi o choro do Lucas no fundo. Desliguei na hora... Daí, fui conversar com o seu pai, que estava ouvindo ADRIANA PARTIMPIM, um presente que ele trouxe antecipado de dia das mães. Você vai amar as músicas, Rafael. Bem, comecei a analisar e descobrir que não posso te dar o nan de madrugada, afinal, o peito fica cheio demais. Há noites em que eu torço para você despertar para mamar. Então, a solução seria te dar na mamada da noite. Em vez de te deixar duas horas no peito, você mamaria uns 40 minutos e depois, se ainda quisesse, pegaria o Nan. Teoricamente, né?!, porque a gente nem sabe se você aceitaria. De qualquer forma, eu fui dormir pensando que tentaria só no dia seguinte (hoje). E depois de pensar, pensar, pensar, descobri que não quero te dar o Nan! O fim de semana vai servir para entender se o choro foi a mudança na sua vida - a babá - ou se é fome. Se você chorar hoje com o seu pai e a sua mãe, daí não vai ter jeito... vou tentar o complemento. Mas se não chorar, aí vou ver o que faço. Eu amo ver que tudo que você é saiu de mim. Por isso quero evitar ao máximo te dar outro leite que não seja o do peito! É isso... se Deus quiser, o motivo do choro há de ser a mudança... e você há de se acostumar com ela, logo, logo.

6 de maio de 2009

Rafael maravilha: 60 centímetros e 6.4 kg.


Para tudo! Antes de registrar as histórias sobre a sua ida para Fartura e sobre a sua babá (tomara que dê certo), mamãe tem de adiantar as notícias sobre o seu crescimento. Filho, você é só motivo de orgulho e de comemoração! Ontem fomos ao Dr. Fran para a sua consulta dos três meses que, atenção, só serão completos no dia 11. Mamãe falou do seu desenvolvimento, das inúmeras tardes e manhãs sem dormir (só para queimar a língua - ê beleza! - hoje você ainda não acordou! Mamou uma única vez de madrugada, depois de 6h30 dormindo, e agora já está há quase 5 horas dormindo de novo! Que benção.); falei também dos seus sustinhos, que te fazem ficar com as maõzinhas tensas (vamos passar ólinho e fazer massagem shantala para ver se melhora!); e também do tanto que você ainda mama (Dr. Fran disse que Nan é só se eu quiser um descanso, porque não precisa! Mamãe vai passar a tomar um chazinho para estimular a produção de leite - pra não correr o risco de diminuir, principalmente para a mamada das duas horas, já que você está crescendo e vai querer mamar mais). Você ficou muito gracinha na consulta. Não parava de olhar os penduricalhos, bichinhos e tudo mais lá que tem para chamar a atenção. No colo do pai, porque já tinha chegado a hora de mamar e a gente queria te enrolar um pouquinho. Bem, as novidades são que agora o pescocinho já está bem mais durinho e você já pode começar a ser colocado de barriga para baixo, deitado, para estimular o movimento de arrastar (você já empurra com os pezinhos há mais de um mês); já mostrou que fica com a cabecinha empinada, apoiado sobre os cotovelos, também de barriguinha para baixo... O pediatra colocou você sentadinho (segurando as costinhas e barriguinha), para analisar o seu desenvolvimento. Mamãe ficou até com o coração apertado! Gente, outro dia você nasceu e agora já tá assim... como cresce! Não precisa ser tão rápido também... é duro o sentimento de ver que você está deixando de ser um bebezinho. Então, depois de tudo isso, que eu e seu pai observamos com olhos fixos, chega a hora que a gente tanto espera para conferir: o seu tamanho e o seu peso. Você chegou aos 60 centímetros (já cresceu 13, desde que nasceu!) e está pesando 6.4 kg, cinco dias antes de completar três meses. Subiu na curva do crescimento e atingiu o percentil médio. Ou seja, está super bem. A gente nunca esquece que você nasceu antes da hora... você é uma benção. Mamãe agradece a Deus todos os dias pela sua vida, saúde e desenvolvimento. Você é nota mil!
obs: todos os dias que a mamãe consegue escrever aqui no blog são especiais... você parece que hibernou hoje! Mamãe estava praticamente pronta para te levar no clube enquanto o papai joga tênis, mas você não acordou.
"bãezinho" depois da consulta