29 de março de 2009

Tributo à vó Nair




Há mais de uma semana mamãe gostaria de ter deixado registrado aqui, para a posteridade, o tanto que amoooouuuu a ajuda da sua vó Nair. Demorou, mas chegou a hora de prestar o agradecimento pela ajuda ímpar de alguém que é, para a mamãe, uma sogra de ouro!

"A gente acabou de encontrar neste mês mais uma pepita", ela dizia para você. Te pegava no colo, te ninava, vigiava o seu soninho de manhã e à tarde para a mamãe dormir um pouquinho, não media esforços para cuidar de você. Emagreceu quatro quilos, se é que a balança daqui não tem diferença com a da "farmácia das moças", lá de Fartura. No fim da terceira semana - é, ela ficou conosco 21 dias! - me confessou que teve dor na batata da perna nos primeiros dias. De tanto subir escada! Era um sobe-e-desce danado. A sua chegada fez a mamãe conhecer não só o lado avó, mas também uma sogra que não conhecia. Os encontros da família nos fins de ano ou em feriados são sempre bem gostosos, mas é tanta gente que nunca deu tempo de conhecê-la como agora. Desde a sexta-feira depois do Carnaval, passávamos o dia inteiro juntas, cuidando de você. Ela inventou algumas coisas também. Até hoje ainda aproveito a idéia do "banho de caneca", antes do seu banhozinho. Foi uma forma que a vó Nair encontrou para limpar o seu cocô mais facilmente antes de te colocar na banheira. Pena que a gente não fez uma foto para registrar... Ultimamente, confesso que também tenho feito o "varalzinho". rs. É, quando uma roupinha sua que acabou de ser tirada da gaveta molha um pouquinho, mas não suja, ela colocava no trocador para secar. Depois aperfeiçoei e comecei a usar um espaço na cama auxiliar. Segundo a sua vó, ficou igual à lojinha que a Kalu fazia no sofá quando era criança. Das peregrinações e expressões que surgiam nos dias de cólica - ou que achávamos que era cólica - a mamãe já falou por aqui. Mas tinha uma coisa que ela sempre dizia e a mamãe não quer esquecer: às vezes, quando você estava mamando e fazia um baita cocô, daqueles de fazer barulho (hahha), a vovó dizia: "Olha, tá azedo... então era dor de barriga. Quanto mais azedo, mais dor de barriga dá!". Mais: quando você estava naquele sofrimento dos inícios de noite, por causa da barriguinha, ela dizia: "Só quem tem sabe o que é isso!", numa demonstração verdadeira de compreensão. Era muito bonitinho. Ah, uma vez, quando estávamos mexendo em você dormindo, no desespero de não te acordar, ela disse: "é igual àqueles copos de cristal!"

Otimista
Foi a vó Paula que me fez prestar atenção nisso. Sua vó Nair é mesmo otimista. Todas as noites ela dizia: "talvez hoje não tenha não", sobre o seu mal estar. Vira e mexe falava: "Isso passa logo... daqui a pouco ele está com um ano!". Agora que já encontramos a receita do sucesso, pelo menos por enquanto, mamãe nem torce para o tempo passar rápido mais, já que está tão gostoso assim.

"Cada um no seu quadrado"
Ela é mais moderna do que eu podia imaginar e tem expressões atualíssimas. Discreta que só ela mesmo, não dava opinião sobre a nossa vida. Aliás, até quando ela era provocada a falar ou fazer alguma coisa, ficava na dela. Mamãe não acreditou! Seu pai deu a entender lá pela segunda semana que ela não saberia se ficaria mais tempo, porque não queria ser invasiva. Pois quando ela foi embora, mamãe ainda gostaria que tivesse ficado mais um tempão por aqui...a presença dela foi uma delícia. Para você ela fazia de tudo também. Tinha a "cadeirinha" - posição que em que te segurava nos braços deixando você inclinado; a "caminha", com você encostado nas pernas dela... Quando ela te mudava de posição e você reclamava ou em qualquer outra situação em que ela estivesse batendo um papo com você e você desse uma resmungada, ela dizia: "Não enche, vó!", como se você estivesse falando para ela. Era engraçado. De vez em quando, soltava um: "Como diz a Kalu, cada um no seu quadrado vó!". Mamãe adorava. (aos outros netos, é preciso deixar registrado que ela se lembra de várias coisas de cada um deles, mas essas duas citações sobre a Kalu, afilhada do seu pai, fizeram mais sentido no registro aqui).
Nesses 21 dias, até a Rose, nossa empregada, teve a vida melhor. Sua vó Nair só se metia a trabalhar. Ajudava a cozinhar e ajeitava as louças para ela. A mesa nunca foi tão colorida - tinha todo tipo de vegetal, um mais gostoso que o outro. Desde que ela se foi já não é mais assim.
Além disso, para atender os desejos do seu pai, que também teve uma oportunidade única de curtir a mãe durante tanto tempo depois de anos, ela fez várias receitas gostosas na cozinha. Pão de casa foram umas três ou quatro fornadas. Bolo de fubá duas vezes. Bolo de banana mais uma e um pudim de leite condensado de despedida. Um néctar dos deuses, de tão bom.

A despedida
Eu disse para ela que, ao chegar em casa ela diria: "Viajar é bom, mas voltar para casa é melhor ainda!". Ela se dedicou por inteiro, mas mamãe já sentia que ela precisava voltar. Descobri que ela tem uma preocupação enorme com o seu vó Agripino. Além disso, estando lá ela faz companhia para ele - dá saudade também, né?! Afinal, eles estão juntos há 50 anos! - e cuida da medicação que ele precisa. No mais, a nossa casa é sempre a nossa casa. Então, ela devia estar louca para voltar mesmo, mas não demonstrava. E teve a preocupação de dizer que só ia embora quando eu arranjasse alguém para me ajudar com você, Rafael. Quando a mamãe encontrou, ela comprou a passagem. Mas avisou: "Qualquer coisa é só ligar que a vó volta, quando for!" A gente espera não precisar. Queremos que ela volte sim, mas para matar a saudade, que já é grande. Seu pai e eu sentimos bastante. Mamãe agradeceu durante a estadia e na despedida, mas talvez nunca seja capaz de demonstrar a gratidão pelo carinho que ela dedicou não só a você, o neto, e ao seu pai, o filho... mas também à mim, a nora. Sua vó vale ouro!


Vó Nair, papai e a irmã, Fê

Das cólicas ao peito, muito peito!





De um dia para o outro, tudo mudou. Mamãe até se pergunta se todo aquele choro do início de noite de dias passados era mesmo cólica. Mas, como diz a vó Paula, a gente vai aprendendo na prática, não tem receita. Neste início, é no empirismo mesmo, filho. Bem, mamãe vai contar como a vida se transformou desde o domingo 22 de março, quando você estava com 39 dias. No sábado anterior não chorou, não teve mal estar... nada. Seu pai e eu nem acreditamos. Mais uma folga num sábado, depois de três semanas difíceis... um presentão. Daí, no domingo, fomos para o aniversário do Vinícius, filho da Cris. Como você costuma passar super bem depois de uma saídinha, mamãe até torceu para a noite ser tranquila, mas achava que era pedir muito. Imagine, mais um início de noite sem a peregrinação pelos quartos?! Você mamou cerca de 40 minutos e largou o peito, como sempre faz. Daí, te coloquei para arrotar. Arrotou. De repente, um choro intenso... Ave! Seu pai correu, voltou com a bolsinha de água quente pronta, mamãe sacou o Mylicon e pingou as três gotinhas na sua boca aberta e já estava se preparando para umas duas horas de caminhada e um pouco de dor nas costas. Por um milagre, quando olhei para você já no colo do seu pai com o calorzinho entre vocês, achei que o movimento da sua boca parecia de fome. Fome? Como assim? Você mamou muito, largou o peito sozinho. Como poderia querer mais? Resolvi te oferecer... não deu outra! Você abocanhou o peito e parou de chorar imediatamente. Nem acreditamos. Mamou mais meia hora talvez e já largou dormindo, desmaiado! De novo, nós dois não acreditamos. Gente... então era fome! Depois disso, mamãe agora acha que na semana anterior, em que você chorava muito, era fome ainda. Só podia ser, afinal, desde que a gente se deu conta de que mamar 40 minutos e largar o peito para arrotar não é o sinal definitivo de satisfação, você tem mamado mais. É, desde aquele domingo, toda vez que você chora forte, no início da noite depois de mamar, mamãe oferece mais e você pega na hora. Pega e segue até mais uma hora mamando. É uma coisa de louco, de impressionar. O primeiro dia da ajuda da Roberta foi assim: te demos um banhinho e depois ela passou duas horas praticamente assistindo a mamãe te dar de mamar. Na terça foi a mesma história. Eu e seu pai ficamos tão chocados que queríamos antecipar a sua consulta com o pediatra, pra saber se pode alguém tão pequeninho querer mamar tanto. Só para deixar claro aqui: leite tem! Enquanto você mama em um, o outro peito produz leite... e você não chora ao mamar, sinal de que está bem e de que está conseguindo o que quer. Não conseguimos marcar a consulta para essa primeira semana da mudança, em que você mamou até duas horas e meia - sugando e parando - de domingo até hoje, domingo, dia 29. (Você está uma graça deitado na cama atrás da mamãe aqui no escritório! Já fez seus barulhinhos e voltou a dormir! Hoje tá uma coisa! Você deu intervalos enormes de madrugada, deixou a mamãe dormir de manhã também... uma benção!) Então, a gente não conseguiu horário na semana passada, mas depois de conversar com a Laura - a super Nanny - na última sexta, cheguei à conclusão de que pode ser normal você querer tanto leitinho. Ela disse que o Lucas chorava muito, dia e noite, durante um período e que, apesar de estar ganhando peso, a pediatra sugeriu que talvez fosse fome e passou um complemento de Nan para a noite, o que fez ele voltar a ser um bebê tranquilo. Ou seja, talvez, para resolver a questão do cansaço que é ter você no peito por até 2 horas e meia, o pediatra sugira o Nan. Mas a mamãe vai avaliar os benefícios e prejuízos disso... se for fazer você abandonar o peito antes, mamãe vai continuar a te amamentar por horas a fio até quando for possível. Cansa, mas é uma delícia saber que você está passando bem, sem dor, sem sofrimento... e, principalmente, que a mamãe é capaz de resolver o seu choro! Isso não tem preço. Viva você! Viva a gente! Viva o aprendizado! Viva!!!! Tá tudo uma delícia, filho! Você está cada dia mais gostoso... gordo que só. E mais: não tem uma pessoa que te veja e não comente o tanto que você é "corado", "moreninho", "bronzeado"... fruto do solzinho matutino de dez minutos quase todos os dias, pra fixar o cálcio de todo esse leite que você está tomando.

20 de março de 2009

Mãe


Do dicionário:

mãe

sf (lat matre) 1 Mulher, ou fêmea de animal que teve um ou mais filhos. 2 Dir Ascendente feminino em primeiro grau. 3 Causa ou origem de alguma coisa. 4 Lugar onde uma coisa teve origem. 5 Mulher generosa, que dispensa cuidados maternais. 6 Pessoa que protege muito a outra.

Da vida, ainda que a prática seja recente:
alguém que conhece a cria; alguém que tem uma sensibilidade que transcende o que está nos livros; alguém que ama ama ama mais que tudo; alguém que só quer o bem; alguém que não mede esforços; alguém que amamenta, que acalenta.

Rafael, sou sua mãe.

18 de março de 2009

As famigeradas cólicas

Dizem que elas começam lá pelo décimo quinto dia de vida, mas a gente acha que as suas começaram um pouco antes... bem, o mal estar da barriga começou logo na chegada da maternidade. As dores mais intensas, associadas aos arrotos que demoram a sair e a uns punzinhos e cocôs no meio da noite, começaram lá pelo 14o dia, talvez. É de dar dó, de partir o coração. Você chora como no dia do nascimento. Os olhos se enchem de lágrimas. A boquinha chega a tremer!
Mamãe escrevia esse texto na terça-feira, dia 03 de março, às 20h26, para ser mais precisa... e você chorou. Fui te socorrer. A cólica foi intensa, dessas de te deixar agoniado, com a cabecinha de um lado para o outro. Mas durou pouco: 10 minutos. Um milagre! Se bem que na véspera, segunda-feira, já tinha durado apenas meia hora. Mamãe te segurou forte, com a bolsinha de água quente entre nós dois, já tendo pingado as três gotinhas do Mylicon...

... Mais de sete dias depois, voltei para tentar concluir este registro, já com um novo histórico. Numa semana em que você teve cólicas praticamente todos os dias. Foram danadas, te nocautearam! Nos dois primeiros dias, para aliviar o sofrimento depois de pouco mais de uma hora de perninhas se contorcendo, muito choro e cabecinha inquieta, te colocamos no banho de imersão. Só para relaxar mesmo. A água é quentinha, mas agora bem mais branda do que as das primeiras semanas, em que a mamãe seguia o padrão da maternidade (de pelar o couro, dizem! Mas você passou bem). Ontem, dia 11, você chorou bastante. Como tem sido nas últimas duas semanas, mamãe e a vó Nair se revezam na árdua tarefa de tentar amenizar o seu mal estar. Sua vó diz que a gente está como naquelas provas de revezamento. É verdade! Uma tentando aliviar a dor nas costas da outra. Vixe, quando dura duas horas é de arrebentar. E quando vai além? No meio do transtorno, há muitas situações engraçadas, cômicas até. Outro dia, quando a mamãe te passou para o colo da vó, você se acalmou... daí ela começou a dizer, em tom de canto religioso, com voz grave: " O anjo Rafael é o protetor da saúde... e vai cuidar da sua barriguinha! Essa é a hora que os anjos estão todos rezando!" (hahahahha! Tô rindo só de lembrar. A gente faz de tudo na hora da cólica!). Na do dia 09, ela disse: "Pri, você tá no limite! Lembra daquele programa?!" (mais risos!). E depois, em outro momento, completou: "Como diz o poeta, ser mãe é sofrer no paraíso!" A mamã está rindo aqui... Essa vó é engraçada demais, estou descobrindo isso a cada dia. Para falar dos seus gazes, ela tem expressões maravilhosas, do tipo:"Ó... fez PÓF!", logo depois de você dar um arroto daqueles; Quando você solta vários puns, ela faz: "Que punzera!"; Já quando sai muito cocô de uma vez, ela conclui: "Deu uma trovoada aqui!". Outro dia, numa hora em que você se acalmou exigindo muito esforço físico dela, mamãe sugeriu que ela deixasse de sentar na beirada da nossa cama para ficar numa cadeira com encosto. Ela fez: "Mas nem por um saco de diamante a vovó sai dessa posição agora!" Essa foi boa também! Precisei anotar isso Rafael, para não me esquecer na hora de escrever.

DOS MALES O MENOR

Mesmo com a dureza das noites em que você sofre desse mal comum entre quase todos os recém-nascidos, mamãe se acha privilegiada, afinal, vc passa o dia bem, dorme muito e só acorda de madrugada para mamar, o que normalmente acontece duas vezes por noite. Tá bom demais, né? Não é bom nem "espalhar". No dia 11 de março, depois de passar uma hora na ante-sala da ginecologista, eu e seu pai saímos mais agradecidos ainda. As histórias são de impressionar. Tinha uma mãe lá, que tem um bebê de quatro meses, que sofreu durante dois meses e meio ininterruptos quase. Ela dizia que o nenem chorava e ela chorava junto. Disse que achou que fosse enlouquecer, porque era dia e noite. Coitada! A outra disse que o bebê de um mês tem cólicas diariamente às 03h30 da manhã. Dura pouco, 30 minutos, mas depois ele mama de hora em hora. Às 4h, 5h, 6h... e por aí vai. A verdade é que cada bebê é um... Você já teve cólicas mais breves, mas mais intensas também. Nesta semana inaugurou uma nova modalidade. Elas parece que têm sido menos fortes, mas duram cerca de quatro horas até! É uma maratona, um desafio. Ontem, resolvi calçar um tênis, porque de chinelo não tá dando mais! rs.
A gente também conta com a ajuda da medicina, que ainda não conseguiu acabar com o sofrimento histórico desses três meses para famílias do mundo inteiro. Seu pediatra te prescreveu medicamentos que estamos fazendo uso. As bolinhas homeopáticas três vezes ao dia estavam nos fazendo acreditar que eram milagrosas, quando você passou quatro dias da mesma semana sem cólicas. Mas com a volta delas, o jeito é apostar no alopático também. O Mylicon ainda é nosso amigo. Mas o Luftal, que a mamãe resolveu te dar durante dois dias na semana passada é uma bomba. Devia chamar LUFTAL BOMBA BEBÊ. Entre sete e oito horas depois do uso, você fica mal. Não reclama nada, tadinho. Mas te dá uma espécie de diarréia e te fez regorgitar três vezes o leitinho precioso da madrugada. Pra mim foi suficiente. Não te dou mais! Então é isso... mamãe já abandonou o otimismo de achar que você não vai passar mal hoje, por exemplo. Sabe que vai, mas espera que você não sofra tanto. A ajuda da vovó termina na sexta-feira. Depois de 21 dias aqui, ela vai embora... (ai, ai, ai!) Para as cólicas da semana que vem, vamos contar com a ajuda da Roberta, que a mamãe contratou para ficar conosco das 18h às 22h, até você ficar com o sistema digestivo bem madurinho.

Nocauteado, no colo da avó

14 de março de 2009

Seis anos de casamento!



Rafael, hoje eu e seu pai completamos seis anos de casamento. Seis anos, filho! E, de presente, temos você. Com a sua chegada, deixamos de ser um casal e passamos a ser uma família. Por isso, este aniversário é especial. Estamos muito felizes e não faltam motivos para comemorar. Mamãe só tem a agradecer a Deus pela saúde, amor, harmonia e bençãos, principalmente agora com você cheio de vida nos nossos braços. Você é lindo! Mamãe te ama e ama o seu pai também. Parabéns para gente!

13 de março de 2009

30 dias de vida!








Filho, você completa hoje um mês de vida! Mamãe e papai estão radiantes. Hoje já teve até sessão de fotos, para registrar esse momento. Enquanto começo a escrever, você continua dormindo, lindo, aqui na cama do escritório... daqui a pouco acorda, afinal, mamou pela última vez há quase três horas. Vai despertar numa fome!
Esses trinta dias foram maravilhosos. Dizem que o amor cresce com o tempo. Mas a mamãe confessa que te ama do mesmo jeito desde o início. Sinceramente, o amor que você recebe desde a gestação e o nascimento é o mais intenso possível. O que mudou é a saudade. Sair sozinha e te deixar em casa uma hora que seja dá uma saudade que só quem é mão deve entender. (Você já começou a fazer seus barulhinhos para sinalizar que está acordando!). Você é, sem dúvida alguma, a coisa mais valiosa do mundo! Mamãe está curtindo tudo: ter você mamando no peito, poder aplacar a sua fome de leão em intervalos maiores da mamada, namorar o seu rostinho, cabelinho e as mãozinhas nessas horas, te dar banho, trocar a sua fralda, beijar seus pezinhos, ver seus muquinhos... nossa, tudo é uma delícia. Nem as suas cólicas me abatem. É duro, ninguém esconde. O seu sofrimento é o pior de tudo, seu choro intenso, seus olhinhos cheios de lágrimas... Dá uma dó. O que alivia é saber que você não terá memória desses momentos difíceis. Para gente também não é fácil. Te segurar no colo por até uma hora consecutiva acaba com as costas, mas a mamãe te ama até nessas horas. Te faço declarações de amor, canto musiquinhas, proponho até que a sua dor passe a ser minha, para te aliviar... Coisas que você vai ter registrado, porque ainda não entende. Coisas que você deve sentir, porque desde sempre é um bebê especial. Você é melhor do que a encomenda.
Papai e mamãe estão curtindo tudo, todos os momentos, que certamente vão deixar saudade. Agora sim você vai acordar! Tá rindo... que lindo! Ai que cara boa! Mamãe vai terminar aqui para ficar te olhando, te admirando. Você é o filho que a gente pediu a Deus. Que Ele te abençõe, por toda a sua vida. Parabéns!

12 de março de 2009

Agora sim, novas fotos!








Rafael, você tem crescido tanto que é de impressionar. Os bracinhos estão cada dia mais fortes, com muquinhos até... é a coisa mais fofa. Mamãe se impressiona! As coxinhas estão tão grossas dentro do seu tamanhozinho que dá gosto. Seu pai também nota o seu crescimento e ainda te chama carinhosamente de "gordo". A vó Nair já te sente mais pesado. A vó Paula então vai se surpreender com o tanto que você cresceu desde o Carnaval.
O seu cabelinho, de um preto intenso e viçoso já começou a cair (ai, que dó de ver os fiozinhos por aí!). Seu queixinho duplo (rs) tá crescendo e esses dias a mamãe percebeu que você tá com dobrinhas até na nuquinha... dá vontade de morder. Você tem mamado bastante, de duas em duas horas praticamente. Quando está chegando a hora, o peito até anuncia: começa a pingar! É uma coisa. De madrugada, quando o intervalo das mamadas é maior, às vezes mamãe acorda e torce para você dar o chorinho logo... quando não acontece, o jeito é esperar!
Ontem, dia 11, você fez um mês pelo calendário. Mas como fevereiro só tem 28 dias, você completa os 30 só amanhã. Tem passado rápido e, ao mesmo tempo que é uma delícia te ver crescer, dá até aperto de pensar que esse tempo só para você já está voando. Quanto às cólicas, elas têm te feito sofrer um pouquinho, mas pelo menos você passa 90% do dia feliz, bem disposto, dormindo... como agora. Já são 17h30 quase... o relóginho do mal estar está para despertar em breve. Então mamãe vai correr por aqui, para estar livre para te socorrer caso você precise.

6 de março de 2009

Para matar a saudade da vó Paula

O primeiro banho, na volta da maternidade



































Desde que a sua vó Paula foi embora, ela liga quase todos os dias. É raro quando a gente não recebe uma ligação... que sempre começa com a pergunta: "E aí, filhinha? Como está o nenem?". Hoje ela ligou dizendo que está morrendo de saudades, que chega a doer! Disse que já está fazendo as contas dos dias para a chegada da Semana Santa, já que a mamãe combinou de te levar para BH para a família te conhecer. Hoje contei que ontem você não teve cólica... foi a primeira noite sem nenhuma dorzinha desde a sua chegada da maternidade. Oba, você merecia! Ela logo disse: "Olha, o organismo dele já está se acostumando... que beleza! Mas isso também não significa que outras não vão aparecer... ele ainda vai ter outras cólicazinhas." A mamãe torce para que elas sejam passageiras, feito a de terça-feira, que foi intensa, fez você chorar muito, mas passou em 10 minutos.
Também contei das suas mamadas, que desde ontem estão mais frequentes (gente, você chega a mamar até uma hora depois de ter largado o peito - mamãe está até esperando resposta do pediatra sobre isso. Leite tem, mas será que pode?!). Depois de mais um pouco de conversa, a vovó pediu para gente colocar fotos suas aqui... eu disse que faria isso hoje e ela sugeriu o título. Então ficou assim: "Para matar a saudade da vó Paula". Neste fim de semana mamãe vai fazer mais fotos suas. Hoje você fez 23 dias, está crescendo. No início da semana que vem a gente coloca mais umas aqui, mais recentes.
Mamãe também está com saudade da vovó materna, mas a sua vó Nair tem ajudado bastante por aqui. Tem sido bacana a nossa vida desde que você chegou. Você é tão bonzinho... mamãe só agradece! Deus te abençõe.

3 de março de 2009

Vó Nair, vô "Gripino" e tio Du


Não demorou muito e a casa já estava cheia de novo. Seu pai, eu e você ficamos apenas um dia sozinhos. Na sexta-feira chegaram seus avós paternos e o tio Du e a festa tomou conta. Vó Nair e vô "Gripino" te acharam lindo logo de cara. A vó diz até que você não tem jeito de ter nascido prematuro, apesar de ser pequenininho. Você dormia quando eles chegaram, mamãe também. Pouco mais de meia hora cochilando e já ouvi as vozes em casa... desci com você para que você participasse e todos pudessem ficar te admirando. Você é o 12o neto deles. O caçula de uma série que tem como mais velho o Pedrinho, hoje com 25 anos. Antes de você, o mais novo é o Breno, que fez oito em janeiro. Ou seja, você é a "rapa do tacho" na enorme família do pai. Também ali era muito esperado. Desde que nos casamos, há quase seis anos, todos perguntavam sobre filhos...
A vó veio para ajudar, atendendo ao chamado do seu pai. Ela fez isso por quase todos os netos e está aqui super envolvida na função. Te carrega no colo sempre para arrotar, te nina e fica de olho, te monitorando, enquanto a mamãe descansa nos fins de tarde. Ontem, na ida para o pediatra, te levou no colo, porque você chorou logo que te coloquei no bebê conforto. Que coisa! O vô e o tio passaram o fim de semana e voltaram para Fartura no domingo. Nesses três dias, te admiraram. Você chorou naquelas horinhas do início da noite, por causa da cólica... mas todo mundo te achou bonzinho. Também, você passa o dia dormindo, mama, dorme de novo, não dá trabalho. É uma benção. Abriu o olho de vez em quando... e rendeu até comentário: "Olha, tá de olho aberto!", disse o vô. No sábado cedo, mamãe desceu para você tomar o solzinho. Seu avô estava no quintal e ficou perguntando sobre o sol, por causa dos raios ultravioleta. Mas a mamãe explicou que foi orientação do médico, que todos conhecem e aprovam. Ele então ajudou a monitorar o tempo e avisou: "Já deram 10 minutos!". Foi o único que achou sua boca parecida com a da mamãe. Aliás, a tia Gi viu fotos no email e também falou isso por telefone. Mas, como o vô mesmo disse, só daqui uns meses é que a sua fisionomia vai firmar e a gente vai mesmo saber com quem você se parece.
Sua vó trouxe fotos do seu pai bebê. Mamãe confessa que vê semelhanças, mas te acha diferente. Mais lindo, claro! A vó Nair ama as suas mãozinhas e o seu jeito de apoiá-las sobre o rosto. Me chama sempre para ver. Hoje cedo, terça-feira, me disse que tinha que ter tirado uma foto, porque você estava com as duas sobre o rostinho, de um mesmo lado, dormindo. Ontem, na volta do médico, você se agarrou na blusa dela e ela adorou! Agora há pouco, foi te ver lá no bercinho e chamou: "Pri, olha a pose da perna!" Até tirei foto! E completou: " Como diz o seu pai, ai que vontade de apertar!".

Ela já disse que agora é mais um de quem vai ter histórias para guardar. Tem pelo menos uma de cada neto. Daquelas curiosas, de algo que um ou outro fez ou disse de engraçado na infância. Ah, faltou dizer que ela também se impressiona com a sua tranquilidade. Diz que é uma dádiva. Mamãe reconhece.

Ainda no sábado, logo depois do banho de sol da manhã, a casa se tomou em obras... tio Du, o "Magaiver", resolveu de tudo um pouco. Cuidou da fonte dos peixinhos, que já estávamos quase dando por perdida. A água voltou a jorrar! Até os peixes ficaram felizes. Segundo a sua avó, estavam pulando. Ele também arrumou todas as luzes do jardim, que ficou lindo, filho! Seu pai e avô cortaram a primavera, que já estava pendente e terminou por tombar depois da chuva de um dos dias do carnaval. No almoço, teve churrasco. A Fê veio e você ficou lá fora conosco, no carrinho. Teve um episódio engraçado. Seu tio viu que a sua cabecinha estava inclinada para um dos lados e achou que talvez não fosse adequado. Daí, seu avó, que estava do outro lado da mesa ouviu e falou: "Bebê nessa idade é igual minhoca!" A afirmação provocou risada no seu pai, irmã e em mim... rimos muito, simultaneamente, mas ninguém deixou de reconhecer que ele tem razão! Você é capaz de ficar todo emboladinho, sem nunca estar desconfortável afinal, até bem pouco tempo, estava apertadinho na barriga da mamãe. Foram dias de celebração. O registro foi feito e seu pai se emocionou. Uma cópia vai para a estante de fotos da vó. Temos ainda uns dias com ela em casa... você está cercado de carinho e amor.