27 de abril de 2010

Quebrou o dente!


Foi uma lasca do dentinho incisivo esquerdo, no sábado, dia 24. Pequena, mas perceptível. Uma pena! Nem terminaram de crescer ainda, são lindos, grandes, retinhos, com as pontas arredondadas, e já aconteceu. Até hoje não me perdoou por não ter tirado da sua mão o objeto que provocou o acidente.
Bem, foi assim: mamãe estava no escritório com a vó Paula e você conosco, mexendo, brincando. De repente pegou o bumbo do papai, ficou tocando, super bonitinho. Aí resolveu carregar. Tá com essa mania agora, fica testando os tríceps, bíceps e 'trapézinhos'... quer carregar tudo. Eu vi na hora e disse que não podia. Sempre tive medo do bumbo porque não é nada infantil, tem umas pontas com uns parafusos perigosos, o fundo tem um ferro meio arriscado, etc. Mas parado, no chão, com alguém vigiando, é uma festa.
Consegui evitar uma vez. Mas, em seguida, não sei se olhei para outro canto, ou o que foi e só ouvi você chorar e o bumbo cair. Pela primeira vez me desesperei com um acidente. Você já caiu de bater a cabeça, já saiu sangue na boca, apertou os dedinhos em porta (esse também me desesperou, confesso!), furou o lábio inferior num tombo bobo (ai, pensando bem esse também foi tenso pela quantidade de sangue), entre outras ocorrências. Mas, desta vez, quando vi o bumbo envolvido, saí desesperada em direção ao banheiro, com medo da boca ter machucado muito. Sua avó gritou: "Calma, filha, calma!". Quando cheguei lá, vi um sanguinho, lavei, mas você parou de chorar e isso me fez pensar que tinha sido mais um susto do que um machucado. Só fui ver o dentinho quebrado no dia seguinte, domingo. Ai meu Deus, que desespero! Um dentinho, que será seu pelo menos até os seis anos de idade! Que triste. Toda vez que olho para boquinha sinto culpa. De novo: por que não sumi com o bumbo depois da primeira vez que te vi carregá-lo? Talvez porque quisesse evitar o choro, a frustração, já que estava do lado, vigiando. Ele caiu e quicou no chão, voltando na sua boca. É impressionante como esses acidentes acontecem com a gente por perto, hein?! Deve ser porque mãe cuida, mas conversa, fala ao telefone, pega coisas, conta histórias para outras pessoas, faz de tudo enquanto olha o bebê. Babá não, concentra mais, é serviço sério. Bem, pelo menos foi comigo, né? Prefiro a culpa do que ter que aceitar uma coisa dessas acontecer na mão de outra pessoa. Será que eu ia saber perdoar? Acho que não, filho.
Moral da história: a odontopediatra que eu já queria marcar foi antecipada. Liguei logo. Pedi indicações para Laura e pra Mariana, mas acabei escolhendo a mais perto de casa. Vamos ver se seu pai consegue te levar na segunda-feira, dia 03 de maio, pela manhã. Tomara que não seja nada, mas o seu tio Pedro contou, por telefone, que sentia dores no dente de tanto que mordia forte coisas duras. Recomendou que a gente fosse logo porque você poderia ter dor pra morder. Ai, que triste seria. Já estou torcendo para que a gente consiga resolver e para que ela diga que não houve prejuízo funcional, nem de sensibilidade. Você, por enquanto, está comendo igual. Comendo e mordendo, diga-se de passagem.
Hoje mesmo, mordeu o bumbum de uma coleguinha, no clube. Que vergonha!!! A menina urrou, tadinha! De novo, eu imaginei que isso pudesse acontecer, porque vocês estavam brincando num túnel e ela parou. Mas antes de chegar para impedir, aconteceu. Acho que tenho que melhorar!!! Vou me esforçar, prometo.

22 de abril de 2010

1 ano e 2 meses. É assim?


Gente do céu, fala sério, Rafael aprendeu a dar beijo, com estralinho e tudo, sem melecar. Nossa, que delícia! Começou antes de ontem, dia 20 de abril. Eu não acreditei quando ganhei o primeiro.
Até então, sabia mandar beijo, com a mãozinha, fazia o barulhinho e tudo, mas na hora de chegar numa ou outra bochecha, só encostava a boquinha. Nos últimos três dias começou a dar o estalinho. Nem acredito! Como é que pode? Um ano e dois meses, só!!!

Mais: fez o primeiro dodói nas mãozinhas no domingo, dia 18. Que dó!

Agora é para você mesmo filho: Também, não para um segundo, mexe em tudo, sem trégua, sem piedade. A gente tem de ficar em cima, repetindo que não pode, tirando você de perto. Ficar em casa chega a ser ruim em muitas situações, porque é quase tudo "Não!". Por isso a mamãe ama o clube, onde você anda e mexe com muito menos restrições. O problema maior aqui é a cozinha aberta, diga-se de passagem! Quem imagina o quanto é difícil controlar tudo num lugar que não tem porta?
Pois bem, não bastasse isso, ainda tem de vigiar a fonte, a lavanderia, as luzes do jardim, entre outras coisas. Apesar do serviço, é melhor do que você passar o dia cercado, na sala, com as portas de tudo fechadas.
Até outro dia, tinha que ficar correndo atrás e te tirando repetidas vezes das luzes do jardim, porque você insistia em desmontar os cogumelozinhos onde ficam as lâmpadas. Mas seu pai parafusou e as coisas melhoraram. Tudo estaria resolvido, não fosse o refletor. Eu vivia dizendo que não podia, que fazia dodói, com medo do vidro quebrar e você cortar as mãozinhas. Mas neste domingo, à noite, deixei você um segundo a mais no jardim da frente e foi o tempo suficiente para ouvir o choro. Botou a mão e machucou, claro. Estava quente! Mamãe sofreu, foi te socorrer, e achou que fosse só um mal estar e o susto. Mas na terça-feira, achou quatro (4!) bolhas nos seus dedinhos da mão direita. Só sobrou o dedão. Tadinho! Bolhas enormes, transparentes. Queimou filho! Sem saber o que fazer e, percebendo que você não deixa um segundo de mexer nas coisas, não fizemos nada. Tá curando por si só. Duas já estouraram. Mas deve ter doído mesmo.
Se é que há vantagem nisso, podemos dizer que não foi muito grave e que, agora, você já olha pro refletor e diz: "Dodó!" Acho que aprendeu e não volta a mexer lá! rs.

Mais palavrinhas:
Além do 'dodó' (dodói) que a mamãe acabou de falar, já aumentou o vocabulário.
Agora, também está falando Cacá (pra amiguinha) e cáca (que as vezes sai com outra entonação também, para sujeira! - coisa de SP), batatal (com o ba), 'balulo' (barulho), bagunça (já com o ça, algumas vezes), tá bom (repetindo igualzinho!), e mais alguns que eu agora não me lembro. Mamãe fica boba e toda orgulhosa. Dá vontade de sair ligando pra todo mundo para contar.

16 de abril de 2010

Domingo de sol

9 de abril de 2010

'Bagun'...ça!




Tá falando pelos cotovelos, é uma coisa. Conversa sem parar, em casa, no carro, em todo lugar. E se tornou um repetidor de palavras! A gente fica até surpreso e, às vezes, pede para repetir: "Como é que é, Rafael? O que vc falou?".
Um dia, durante a semana que a vovó Nair ficou em casa, soltou um 'A Bagun' a imitando, que disse que você tinha feito uma bagunça com os briquedos. Morremos de rir! E agora não para. É só a gente perguntar: "Rafael, o que foi que você fez?" e a resposta vem de bate-pronto: "bagun!"
No dia seguinte em que vovó chegou vc já tinha reproduzido um 'leão' quando ela te deu um peça de um brinquedinho novo que a mamãe comprou. Agora pega os bichinhos no tapete e fala leão, seja pra girafa ou pro urso. Mas eles já deixaram de ser apenas 'uau uau'. Um progresso! rs.
No fim de semana que estivemos em Minas, você já tinha copiado um 'babador'. Vovô e vovó testemunharam! E continua. Outro dia tava imitando o 'guardar'. Saía algo como guaguá, mas foi.
No vocabulário já tem umas 20 palavrinhas ou sonzinhos compreensíveis. Vamos ver se a mamãe se lembra da maioria:
"Alô, água, dedera, abre (Abri!), mamãe, papai (no estilo sussurrado), uau uau, leão, dê (de descer!), pato (de sapato! e pato mesmo, o animal), hãmi hãmi hãmi (para comer!), barco, bó (bola), bilão (balão - fofo!), pêx (pesce), 'hum!'(balançando a mãozinha para sinalizar fedor de cocô) são alguns. Não podia me esquecer do seu 'Potó!', pedindo o pocotó que a irmã fala quando sai cavalgando com você pela casa! E tem a líder das paradas do mês: 'Não', que agora está sendo repetida pra tudo. Exemplo: "Rafael, dá um beijo!" Não!" hahhaha.
Ou: "Rafael, não pode!" e você: "Não, não, não!!!", com dedinho em riste!
Fala algumas coisas, mas entende TU-DO! É impressionante. Se a gente fala chão, joga alguma coisa. Falou banho, vc já vai em direção à escada para subir. Se dissermos "Olha o passarinho", já olha direto pro quintal. 'Avião', olhos e dedinho para o céu. 'Peixe', vai pra fonte e por aí vai. Falou que é pra passear, sai correndo em direção ao portão da rua. Tá tão acostumado em sair para a pracinha de carrinho que associa o passeio ao portão. A palavra "mamadeira" eu não posso pronunciar porque, onde quer que esteja, ouve e começa a repetir sem trégua, até ganhar! "Dedê, dedê, dedê!
Vovó Paula disse que isso é sinal de inteligência! A gente não tem dúvida.
Na rua e no clube as pessoas se impressionam com a sua esperteza e agilidade.
Além de ser um falador, anda e corre com destreza. Tá um furacão.
Que orgulho, Rafael!

Amamentação - o fim de um processo delicioso

Mamãe está aqui, um pouco catando milho por causa do polegar direito quebrado numa porta de aço contra incêndio da TV, porque não dá mais para adiar esse registro. Já faz quase um mês que você deixou de mamar (com 1 ano e 1 mês de vida) e o fim desse processo é, para mim, um grande marco na sua vida. Aliás, na nossa!
Eu confesso que foi difícil decidir reduzir algumas mamadas, o que provocou a diminuição do leite, até a secagem completa. A principal dificuldade se deveu ao fato da Sociedade Brasileira de Pediatria recomendar a amamentação até 2 anos. Eu nem pensava ir tão longe, sinceramente. Mas achava que, já que tem essa orientação, deveria pelo menos passar pelo próximo inverno te amamentando. Até largar, você NUN-CA tinha tido um nariz escorrendo sequer!
Mas, o problema é a sociedade! Um horror filho! As pessoas ironizam, pressionam, criticam, perturbam quem amamenta até um pouco mais tarde. E olha que hoje, depois de ter você, que eu nem acho um ano tarde assim. Pelo menos quem tem filho deveria entender o que digo.
Foi a coisa mais maravilhosa do mundo, um prazer inigualável! Até o quinto mês, me orgulhava de saber que tudo que você era tinha saído de mim, afinal, você só mamou no peito até ali. Depois, fomos com leite materno até o oitavo! E, aos poucos, fui introduzindo leite industrial ( uma mamadeira por dia). Até o Ano Novo, ainda mamava três vezes ao dia (antes da mamãe sair para o trabalho, quando ela chegava - uma delícia para matar a saudade - e à noite, antes de dormir. Foi quando tirei a da tarde e comecei a complementar a da noite.
Queria mesmo diminuir pelo menos uma, já que você completaria um ano dali a pouco mais de um mês. O pediatra sugeriu que eu diminuísse a frequência a caminho do fim dessa fase. Isso foi tranquilo e me deu liberdade para não ter de voltar correndo, apesar de sempre ter feito no maior gosto.
Quando você fez um ano, confesso que eu não estava decidida, mas acabei deixando de pegar você no berço pela manhã antes de ir trabalhar. Era um momento muito gostoso pra mim e importante pra você também. Mas, em alguns dias, você já não voltava mais a dormir, como fez durante meses. Coloquei na cabeça que isso poderia estimular ainda mais o seu sono matutino e que isso me beneficiaria nos fins de semana de folga, sem babá. Coisa que não aconteceu muitas vezes, já que nas nossas folgas você costuma acordar mais cedo do que o normal. Pra aproveitar, né?! Se bem que já são quase 9h da manhã e ainda está dormindo.
Bom, voltando à decisão de não te pegar, eu já sabia que isso ia provocar o secamento total do leite e estava insegura. Não estava certa de que era uma decisão correta. Me sentia cedendo à pressão social e isso me incomodava profundamente. Sem ir à análise, ouvi seus avós maternos durante o primeiro fim de semana de março, numa visita à BH. Seu avô mamou até 1 ano e 1/2 e ainda hoje quase não adoece, graças a Deus. Mas eles disseram que o argumento de estimular mais o sono era uma boa decisão, que você já tinha recebido a imunidade suficiente... e que a história da SBP era para mães que não tem condições para comprar leite de qualidade, etc. Acabei tomando a decisão. Acho que ouví-los era o que faltava para ter segurança.
No dia que seu pai viajou para a Medelín, a trabalho, 14 de março (nosso aniversário de casamento, de 7 anos!) um domingo, não dei mais. Até ofereci, mas você sugou muito forte e doeu! Era o sinal!
Na segunda-feira, não ofereci e pensei na terça: "Vou tirar a prova hoje!". Não deu outra, não tinha mais nada. Doeu de novo e, desde então, não te ofereci mais.
Para a minha surpresa e também alívio emocional, você não teve problema algum. Já estava super bem adaptado ao leite de mamadeira e nem procurou mais o peito. Isso foi até bonitinho! Cresceu e superou super bem o fim desse processo, que nos uniu, nos fortaleceu e nos fez amar ainda mais um ao outro. Eu acredito nisso! Foi delicioso, filho! Obrigada por ter me ajudado a ser uma mãe que amamentou. Isso não tem preço!

Escrito em 05/04