30 de novembro de 2008

A paradinha da bateria

vigésima quarta semana



Tum. Tum, tum... há três semanas tem sido assim. De repente você me faz parar tudo para te sentir mexer! É uma delícia. A movimentação começou intensamente na quinta-feira em que o seu pai estava viajando... eu delirei quando senti a primeira batida. A gente fica sem saber se de fato são as movimentações do bebê, mas você repetiu os movimentos sem deixar dúvidas de que estava sim começando o período mais gostoso de todos até agora: o dos chutinhos! Ou, como eu tenho costumado descrever, o da PARADINHA DA BATERIA... bateria de escola de samba, claro!
O seu avó Marcos, quando mandei uma mensagem dizendo que vc estava se mexendo muito, disse que seria o seu técnico de futebol! rs. Mas eu tô pra dizer que você talvez seja bom em esportes como volêi ou boxe.... ha! (esse não, né filho!). O negócio é que você mexe de ambos os lados do umbigo e, muitas vezes essas mexidas não são tão distantes uma da outra. Ou seja, não daria tempo de você se virar todo para chutar dos dois lados... concluo que você tem dados chutinhos e soquinhos! Que delícia. Ou se espreguiçado também... pode ser, né?
No trabalho, lá por volta das 9h30 da manhã você começa... e eu paro um pouco para te sentir com a mão também. Dá um prazer! A minha cara já denuncia, porque, às vezes, as pessoas perguntam: "tudo bem?". Eu digo: "O nenem tá mexendo!", toda orgulhosa. Depois, ao longo do dia mexe de novo. Quando estou deitada, assistindo TV, sempre sinto. Quando a gente está em casa, eu grito pra o seu pai: "Tá mexendo! Vem ver!". Ontem, sábado, dia 29, meu primeiro de folga depois de trabalhar um mês seguido (dois ralis e um plantão), seu pai te sentiu bastante. Ele fica tão feliz. Primeiro diz: "Óh!" e depois: "Vai Rafael... chuta mais aí!", com alegria. Mas no início, logo naquele domingo que ele chegou de viagem com as compras, ele se frustou. Eu já tinha dito que você estava se mexendo bastante... daí, durante a abertura das malas e dos presentes, você começou a mexer... mas quando o seu pai foi te sentir, você parou. Nem eu acreditei! Ele deitou na minha barriga, no chão, encostados no sofá e você nada. Ele até cochilou. Eu fiquei decepcionada, porque queria muito que ele tivesse o prazer que eu já estava tendo há alguns dias. Ele ficou frustrado que chegou para sentir e você parou de mexer. Ficava dizendo: "Vai Rafael... mexe aí, cara! Vai! ", te cobrando. Eu dizia: "Assim não pode, você vai pressioná-lo!", já acreditando que essa psicologia possa ter algum efeito. Mas agora você não se intimida mais. Prova disso foram as inúmeras mexidas que deu ontem, principalmente à noite, enquanto assistíamos um filme locado (eu logo me entreguei, de sono). Você mexia tanto, que nem seu pai acreditou. Foram várias paradinhas...

Olha o Rafael aí, gente!

Quem também ficou feliz de sentir os seus movimentos foi a Fê, sua irmã, que esteve aqui em casa com a gente na quinta. Pena que vc só mexeu um pouquinho... tem de se mostrar mais pra ela, que está curtindo bastante a idéia da sua chegada na família.
A vó Paula não vê a hora de sentir. Eu ligo dizendo: "Mãe, o nenem não pára de mexer!". O vô Marcos, agora morando na Bélgica, vai ter a oportunidade em breve, no Natal. Lá no trabalho, quando dá eu páro e mostro para alguém.
Seu pai leu outro dia, no nosso livro - Conhecendo meu bebê - que lá pelo oitavo mês, as movimentações se interrompem, porque o bebê se encaixa para a posição do parto... então temos mais um mês e meio ou dois de alegrias, para te sentir. Essa semana tenho consulta com a Dra. Paula e vou pedir um ultrassom só para gente te ver. Quero ver o seu rostinho, saber do seu peso... do seu tamanho. E, quem sabe, você não dá uma mexidinha durante o exame, né? Vai ser bacana.

17 de novembro de 2008

Mágica para caber tudo





Rafael,
olha só como o seu pai teve que se virar no carro a caminho do aeroporto, em Nova Jersey. Ele tinha 5 volumes, deles, três eram caixas (carrinho, bebê conforto e bercinho portátil)! Ficou até nervoso com o perrengue que foi, mas deu tudo certo. Fica como história...história engraçada.

Ele vai contar mais como foi...

16 de novembro de 2008

A última noite em Nova York



Rafael, seu pai já está no espaço aéreo brasileiro e deve estar chegando a SP na próxima hora, mas a Tia Manu mandou fotos ontem à noite e a mamãe resolveu postar aqui. As histórias da viagem o seu pai conta depois...

A loiraça da foto é ela, nossa querida e melhor amiga de Maceió, que ajudou o seu pai por Nova York. Ela escrevia contando dos achados - roupinhas da Polo Raulph Lauren por 14 dólares, entre outras coisas. Ao lado, a Iolanda, amiga da Myrtes, que também estava lá durante essa semana. Seu pai disse que foi divertido... ah, e só foi graças a ela que coube tudo na mala. Que ajuda, hein!? A foto foi tirada na sexta-feira à noite, num bar chinês, lá em Manhattan, segundo o seu pai.
P.S: Se você pudesse ver a foto agora, tenho certeza que também diria: "Cadê o sorriso, pai!?"

Em breve, mais histórias dessa aventura para o seu enxoval!

15 de novembro de 2008

Muita movimentação... aqui e lá.

Rafael,
a mamãe resolveu deixar registradas aqui as mensagens que a gente recebeu nesta semana, com as notícias do seu pai. Hoje é sexta-feira,dia 14/11/08, agora falta pouco para ele voltar... mas durante esses 7, 8 dias, a gente não conseguiu se falar tanto. O que ele andou lá não está no gibi, pelo que dá para constatar:

mensagem do dia 08/11 - recebi lá em Fortaleza, no sábado:
"Oi meu amor, cheguei bem e já fomos às compras com Manu e a tia dela! Já comprei metade... o sapo é o máximo! O carrinho chega segunda! Te amo, bj"

Imagine, ele chegou lá no sábado pela manhã. Gastou um pouco mais que eu gastei para chegar ao Ceará. Nem deve ter dormido e já saiu para comprar, como ele mesmo registrou no primeiro email que mandou de lá.

Oi meu amor, falo aqui de NY, do apartamento da Manu e do Renan... superbacana, enorme, e com uma vista linda! Hoje de manhã, logo depois que cheguei, saímos para tomar café no carrão do Renan (novinho!) e depois ele nos deixou na Toysrus aqui de
New Jersey, que tem taxa mais barata. Compramos vários itens, inclusive o sapo, que é enorme!!!! O carrinho chegou mas como não havia ninguém eles deixaram um aviso que entregam na segunda às 5 da tarde. O bebê conforto ainda não veio. Comprei o bercinho de armar, pesado que só vendo, grande mas lindo... Agora à tarde, ainda são
12h30 aqui, vou bater perna em Manhattan, quem sabe encontro o Wagner, porque o Renan e a Manu tem compromissos aqui... A tia da Manu está aqui também, muito simpática, e coube todo mundo! Depois escrevo mais. Comprei um cartão pra te ligar, vou deixar para mais tarde ou amanhã, quando você tiver em casa. Quando cair na cama
vou desmaiar, mas por enquanto estou firme aqui para dar mais uma
volta....
Um beijo,
Marco
1) estou adorando comprar aqueles badulaques, aquelas bugigangas, mordedor, chupeta, mantinha, babador, tem cada coisa, dá vontade de comprar tudo.... hoje encontrei um bichinho de pelúcia lindo por.... 3 dólares...


Foi uma delícia receber o email... eu fiquei delirando enquanto escrevia os offs do rali, lá na recepção do Quality, na Av. Beira Mar.

Depois, no dia seguinte, teve mais torpedo - 09/11:
"Pri, meu amor, comprei quase tudo. Supersupersuper!!! Você e o Rafinha vão adorar! Estou agora passeando por Manhattan com os dois amigos grávidos, Wagner e Adson. Eu te amo e estou com saudades. E NY é o máximo!"

Um privilégio né, filho, ele poder viajar para comprar suas coisas. Mas dava até gosto de ouvir e saber que tudo lá é bem mais barato, apesar da crise financeira mundial, que pegou todo mundo de surpresa. Pra você ter uma idéia, quando eu o convenci a ir - na base de muita insistência e dizendo que eu pagaria a passagem com os frilas do rali - o dólar estava a R$ 1,70. Dois meses depois, no dia de comprar
moeda, já estava em 2,30... ainda assim, só para comparar, como pode um carrinho que lá custa 500 dólares aqui custar 4 mil reais?!


No dia 12/11, teve mais:
"Oi meu amor, ontem ficamos na rua comprando até tarde tudo do Rafa e ainda estou na rua. Vou tentar te ligar. T amo. Não diga que sou desnaturado. Fico chateado com isso. Bj no Rafão."

Aqui uma explicação: eu mandei nesse dia mensagens para ele reclamando de não ter recebido nenhuma ligação telefônica na quarta e quinta-feiras. A gente sabe que ele estava lá por conta, só pensando em você, mas eu ficava triste em não conseguir falar com ele. É muito ruim ficar sozinha do lado de cá...sem notícias.

Agora, acabamos de receber à última: 14/11, 23h30, já (mas lá eles estão a 3 horas de diferença... então ainda não é tão tarde) "Meu amor, deu tudo certo! Estou exausto, mas valeu a pena! Espero que goste de tudo. Esta cidade é especial em tudo e, especialmente, nos preços... Nosso filho, o Rafael, vai se divertir com o que escolhemos e com o que encontrei aqui, tudo lindo!"

A gente não vê a hora dele chegar! O mais legal vai ser ele te sentir mexer, né, Rafa?! De ontem pra hoje você mexeu tanto... eu fiquei numa empolgação só. No trabalho até parava para te sentir... Fiquei te apertando, para ter certeza de que não era a minha pulsação. São umas batidas fortes, repentinas, no meio dos meus batimentos, que podem ser sentidos na barriga. Ontem contei para o seu pai... e pra sua vó Paula. É uma delícia a sensação. Acho que você tá chutando e dando uns
soquinhos, afinal tem mexido dos dois lados do umbigo... ou será que são cambalhotas? rs. Amanhã a gente completa 6 meses! Seis meses, já... que delícia. Daqui a pouco você tá aí. O papai chega no domingo e, certamente, vai fazer mais fotos... vamos alimentar o blog, para todo mundo ver o barrigão dos 6 meses. Eu estou adorando!

10 de novembro de 2008

Saudades do papai



Essa foto foi tirada quando completamos 3 meses de gravidez, na primeira viagem à praia... fomos para Toque Toque, na antiga casa da Rê e do Floresta... seu pai já estava com a máquina nova e tirou inúmeras fotos. Mas hoje eu resolvi colocar esta aqui, porque ele está longe, viajando para fazer o seu enxoval. Dá uma saudade... Pelo menos está tudo bem, ele está lá feliz e a gente aqui também, né, Rafael... Nem fiquei sozinha, afinal você já é o meu companheirinho inseparável por mais uns 4 meses, provavelmente. Hoje você já foi trabalhar comigo, depois corremos na concessionária para tentar trocar a bateria do carro, passamos no correio para enviar o Final Cut para Maceió, fomos para o personal com a Paula e ufa... de tão cansada ainda com o saga do rali em Fortaleza no fim de semana, a mamãe matou a ergométrica hoje. Mas pode, né? Só engordei 4.800 gramas em 23 semanas, ou seja, menos de 1 kg por mês. Tá bonitinho assim... Vamos ficar um pouquinho aqui no computador, quem sabe seu pai não aparece no messenger, né? E enquanto isso, eu escrevo o texto-queixa para a Gol, reclamando da falta de profissionalismo daquela atendente cretina que nem se aproximou do balcão na última sexta... e me gerou problemas em cascata. A gente perdeu o vôo, sofreu horrores e passou raiva demais, né, Rafael... Não vale nem a pena gastar tempo aqui... Tem muita história bacana para contar. Ainda mais que foi em Fortaleza que a mamãe comprou o seu kit berço e kit cama-sofá de renascença que, de tão maravilhoso, faria qualquer cliente da DASLU babar... seu quarto vai ficar lindo! A mamãe não vê a hora de mostrar para o seu pai e de ver as coisinhas que ele tá comprando por lá... hoje ele já disse que comprou quase tudo e gastou pouquíssimo. Dá até gosto de ouvir!

Reflexões da vovó para a filha


Uma foto lá pelo terceiro mês


Confesso que acho esquisito esta vida virtual, porque agora todo mundo tem acesso à tudo que antes dela era assunto privado. A vida passou a ser compartilhada de maneira geral e eu ainda não sei avaliar os efeitos disso...
Digo aqui para todo mundo ler o que consigo, pois a verdade é sempre dita pela metade. Eu descobri isso enquanto advogava arrogantemente poder dizê-la toda.

Admito não ser possível dizer o que sinto a respeito da espera em me tornar uma avó.

Acho que a gente nunca vive as coisas da mesma forma que as escreve e mesmo quando já se experimentou coisas parecidas, a cada vez que se vive é sempre uma coisa nova. As minhas tardes de sexta feira, logo apos o termino das aulas do doutorado, quando você (Pri) me espera de carro na frente da PUC são de interminável prazer. Desde que voce ficou grávida que vou à SP só para vê-la.
Quando entro no ônibus, fico revivendo nossa tarde e o carinho que rola entre nós e não posso imaginar uma "mãe e filha" que sejam diferentes disto que vivemos, pois elas não sabem o que perdem...
A sua imagem grávida é algo indescritível pois vejo nela meu próprio ser na época em que a esperava. Eu te tão forte que deixava transparecer me sentia insegura porque não tinha como saber o que seria de minha vida depois de me tornar uma mãe.

Vê-la no primeiro momento de sua vinda ao mundo, ainda na mesa de parto, com os olhinhos que não me enxergavam ainda, mas eram de um puro azul celeste, me fizeram sentir uma emoção que nunca mais foi possível sentir nada igual!
Este momento é tão maravilhoso que não pode ser captado por nenhuma câmara, na medida que o que escapa à imagem é mesmo impossível de cair na linguagem...
Espero que sua experiência ao dar a luz também a marque profundamente como a sua filiação me marcou e espero que você tenha a benção de um dia também ter uma filha, pois só depois que tive um filho-homem pude ver o quanto as mulheres são diferentes e como elas são dignas no que se referem ao compromisso com a vida. As mulheres nunca verão o mundo como um homem por mais que lutem nele como um!

Se algumas não experimentam o que eu digo talvez seja porque não se tornaram mulher, já que ser homem ou mulher não é algo dado pela anatomia.
Como dizer da possibilidade dada à uma mulher que tendo o desejo por um filho possa tê-lo e sentir uma vida sendo criada dentro de si? Essa é uma experiência só da mulher e, embora não goste muito de ter nascido nessa condição, pois o mundo infelizmente é masculino, orgulho-me de ter encontrado minha mulher. É claro que isso só foi possível com muita análise e seguindo o desafio de ter que lhe educar.

Minha responsabilidade como mãe ainda está em curso por causa da educação de seu irmão, mas eu sei que também ele me proporcionará grande orgulho por ter sido a sua mãe, tal como hoje me orgulho da pessoa que você se tornou.
Parabéns minha filha, mas você não sabe o que te espera. Entre a dor e a delícia de ser mãe e mulher deixo aqui o meu compromisso de ajuda-lá onde puder, só para testemunhar o que vivi com sua avó Natalícia. Eu aprendi a doçura e a generosidade com ela. A pessoa que me trouxe ao mundo é a referência de amor que eu tenho e por isso sinto saudades dela e ninguém pode imaginar o quanto!
Tenho que confessar que nunca precisei de estimulo para viver. Nunca tive medo do trabalho e isso ainda é sem descanso!!! Nunca tive medo de desafios e nem da morte. Mas agora, vivo em função de ver o rosto do Rafael e esperar que ele grite Oh! vovó!
Um beijo carinhoso em você, a minha eterna Pretinha.
Mamãe
(vovó Paula)

4 de novembro de 2008

Invasão da Kika

Prezados Mami e Papi do Rafael;
- A invasão da Kika -
lamento mas 'tive' de invadir esta casa porque num me segurei e porque sou praticamente vossa personal-hacker. Taquei um post novo, relativo a este, que pra mim foi imensa homenagem. Agradecida, segue o que segue abaixo. Vocês podem apagar e colocar em outro lugar, caso queiram.
Amo vcs - K.

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Queridíssimo Rafael – ou: Aquele que já está aqui, mas ainda não chegou;

Pára tudo e chama a NASA! Por acaso acabei de ver que tua mãe me publicou no blog e tive aquele ataque costumeiro de “ter” de responder. Você não me conhece muito bem ainda, mas tenho muitas manias, entre elas a de responder a quem escreve – desde que mereça. Acho que você merece. Então lá vai.

É verdade que to fazendo uma coisa pra você. Na verdade algumas coisinhas – porque você ainda não sabe, mas também sou compulsiva-obsessiva. Muito prazer, Rafael, eu sou a tia Kika. Nada pode vir sozinho, meu anjo, tudo deve no mínimo ter um par. Então se escolho uma árvore, acabo levando pelo menos dez, só pra elas terem com quem conversar e ter filhos; se ganho uma cachorra, espero alucinadamente a hora dela ter filhotes e acabo ficando com nove num apartamento em que mal cabiam duas xícaras; se for pra fazer o jardim da tua casa, mando bala duma vez na garagem, na calçada, no quintal... É uma doideira sem fim essa coisa da compulsão-obsessão, meu filho. Você vai ver, ahhh vai.

Daí que quando eu soube que alguém tão importante viria por aí, fiquei pensando no famoso presente de boas-vindas, que de maneira alguma poderia ser comprado por aí, não poderia ser industrial e nem mal-feito, que isso não tem graça pra mim. Outro fato que você também não sabe é que gosto demais de fazer coisas, principalmente as que não existem ainda. Gosto de tudo que ainda não existe, Rafael. Gosto de fazer as coisas existirem e gosto que sejam muito bem-feitas. Mas também gosto de coisas que já existiram, principalmente há muito, muito tempo; principalmente as que foram feitas com qualidade, paciência de chinês pagando uma perpétua no deserto... Ou seja, eu gosto de história – em todos os sentidos desta palavra tão boa. Portanto eu pensei em te fazer alguma coisa que existe há tempos, que é feita até hoje, que está até na moda, mas que agora não é mais feita como antigamente – porque dá um trabalho do cacete, entendeu? Eu que o diga, Rafael do céu! To ficando cega e sem mão. Mas ta ficando lindinho, fica tranqüilo.

E a coisa da história também está no que podemos chamar de “motivos” da obra (to até rindo aqui, imaginando a cara da tua mãe pensando nisto). Na verdade, vou dizer o que é: to te fazendo várias histórias numa só – ou em muitas, se tudo der certo. Na verdade é tudo uma coisa só, sacou agora? A diferença é o meio. Você vai aprender nesta vida, querido Rafael, que os meios para se chegar a um objetivo são muitos. Eu escolhi um que vai poder te contar histórias, principalmente porque sei que tua mãe e pai te farão dormir ao som delas, por exemplo. O problema é que a pessoa que não sabe nada de histórias vai olhar a coisa e vai dizer: “Caracoles! Difícil saber a lógica dessa história, Kika”. E eu vou rir demais, porque apesar de você ainda não saber disso, eu também sou completamente louca. Teu presente é em estilo neo-naïf-orgânico-colorista-capira-com-traços-setecentistas-tecnologicamente-atuais, percebeu agora? Fácil. E se quiser mais uma dica, se fosse uma música, neste momento se pareceria com esta maravilha – que vou (desafinadamente) cantar pra você dormir depois das tantas, muitas histórias:

Azulão


Ou escute (e baixe) por aqui: Azulão.mp3

Pois é, Rafael. Esta tua tia maluca de pedra ta fazendo uma coisa bem comum. Tua mãe me perguntou assim: ‘mas ele vai poder pegar... porque uma coisa assim tão complicada...’ Vai poder, sim, meu filho. Não só vai pegar como vai fazer o que bem entender, até comer, se for do teu agrado. A gente nunca sabe o que uma pessoa vai gostar de fazer, até que a veja fazendo com o maior prazer, né mesmo? Então.

Na verdade, meu pequeno, trata-se de algo feito, desfeito e refeito diversas vezes para que fique pronto. As cores, naquela quantidade imensa, fazem parte da história e o material de que são feitas vieram de vários lugares do mundo. Mas duas delas eu criei aqui em casa mesmo, porque não achei por aí como eu queria. Acho que você deve estar desconfiando que, além de tudo que ficou sabendo até agora sobre mim, eu amo as cores. Quase nada é melhor que cor, Rafael. São fundamentais. Então eu misturei uns trecos aqui e fiz um amarelão-van-gogh só pra você. Vixe-maria que você vai ter de conhecer este cara, o tal Van Gogh, que eu amo também. Vai ver porque era doido feito eu. Deixa você chegar que te mostro tudo dele, tenha calma.

E chega de falar das materialidades desse tal presente. Só espero ter (in)sanidade e tempo suficientes para que tudo fique pronto à tua chegada. O mais importante é o que penso enquanto faço a coisa toda. Pode ter certeza que em cada milímetro segue um bom desejo para você. É um trabalho de humildade e boas energias, meu anjo. Fico desejando que você seja feliz, que traga mais alegrias para este planeta cheio de maravilhas e que precisa cada vez mais delas. Que seja um amante radical das árvores e das flores, que são os olhos da Natureza – como já diziam os cientistas – e que as espalhe pelo mundo infinitamente. Que seja um protetor dos bichos, que são tudo de bom e do melhor – apesar de eu odiar mariposas e baratas, se você quiser amá-las eu dou a maior força. Que você tenha inteligência brilhante e conheça o resultado antes mesmo do final da pergunta e que isso te ajude a encurtar os caminhos mais difíceis que a vida sempre teima em nos oferecer. Que você tenha sensibilidade para escolher as opções mais acertadas e que teus amigos sejam todos do bem, assim como você. Que tua saúde seja mais forte que titânio; que tua fome seja de conhecimento. Que o espaço não seja limite pro teu espírito. Que o sol seja teu companheiro e a lua teu acalanto. Te desejo, pequeno Rafael, que a vida te seja longa e quaisquer fardos te sejam leves. Tudo isto e mais um tanto eu te desejo. O resto é o resto.
E se você teimar de ser lindo, aí não terá pra ninguém.

Daí quando chegar, vou fazer feito no meu sonho: trocentos bilhões de beijinhos (você tem um cheirinho maravilhoso, pelamornideusi!) e lá pelas tantas te chamo – vamos nadar, Rafael, vamos? E você se joga pra mim com os bracinhos abertos e gargalhando desesperadamente. Êêê, lá em casa! Cresce forte aí, bebê, que to aqui te aguardando.
Love, love love...
Tia K.

3 de novembro de 2008

Eles são tudo de bom



Vô coruja no quinto mês



Vó coruja no segundo mês

Tia Kika, só para você

Ela ligou outro dia dizendo que tinha sonhado a noite inteira com você... que te beijava todo. Também, tinha passado horas aqui na véspera ajudando a gente a colocar esse blog "no ar". Ela sabe tudo de internet, Rafael... e eu e seu pai somos uma negação! Foi ela quem criou o endereço, quem configurou tudo e nos ajudou a começar a mexer. A gente não conseguia nem postar os textos, porque nosso computador é um Mac e a configuração é para PC.
Já progredimos, mas ainda falta muita coisa para conseguir fazer ficar direitinho. Trocar foto no que já foi postado virou uma novela... demora horas e no fim, não dá certo. Mas tudo bem, eu já tô feliz com as primeiras conquistas. E ela tá acompanhando tudo, porque vira e mexe me diz que viu alguma coisa por aqui. Até os erros ela viu. Imagine, chamei a máquina do seu pai de Kodak e é uma Nikon. Graças à nossa consultora e revisora para assuntos de internet, de animais e de jardim (foi ela e o Marcus que nos ajudaram a plantar tudo aqui), eu fiz as correções.
E tem mais: há meses ela se dedica a uma obra interminável, que só deve ficar pronta quando você nascer. Passa os dias ocupada com esse trabalho. Só de cores usadas nas peças da montagem são mais de mil! Como assim, mais de 1000? Eu nem conheço tudo isso de cor!?
Já chamou eletricista, já levou o Marcos Aurélio para a 25 de Março pra comprar material, já fez de tudo. Tá achando que é brincadeira?
O projeto, no entanto, é um mistério. Ela começou na obra quando o seu pai espalhou a notícia da gravidez, logo no primeiro mês, provalmente. Um dia ligou para perguntar se era menino ou menina. Quando eu disse que era o Rafael, ela vibrou. Falou que é o nome que ela mais gosta e depois disse que já estava fazendo tudo azul, achando que seria mesmo um menino.
Quando ao trabalho, só contou que é uma coisa "muito, muito, muito antiga, mas que ninguém tem", nas palavras dela. Eu disse que nós amaríamos só pela dedicação, mas estou certa que será algo de cair o queixo. Será que a gente vai ter espaço para deixar à mostra? Ela já disse que um quarto da casa dela está todo ocupado com a surpresa.
Pela forma como ela descreveu, eu disse que devia ser um presépio ou a Arca de Noé. Ela riu... mas confesso que não tenho nem idéia do que seja. Também, não quero saber. A surpresa vai ser bacana.
Ah, mais uma coisa: Quanto a chamá-la de tia, ela fez uma concessão. Fez questão de dizer que ninguém a trata assim e disse: "Só o Rafael vai poder!".

(Kika, coloque uma foto sua aqui, para gente, vai!!!! O blog precisa!)

Tia Bia

Ela me matou de rir com o recadinho que deixou no seu blog, abaixo do texto sobre a translucência. Disse que eu sou maluquinha! Devo ser mesmo, né?! É cada história... Essa tia você vai curtir. Pena que ela tá longe...
Bem, ela soube que você era uma sementinha antes do segundo mês. A gente se falava e ainda se fala pelo MSN com uma certa frequência. Ela vive contando as histórias das amigas dela de BH, dos pais (o Zé Milton e a Alzira são uns fofos), do Du com a Aline, do casamento com o Euzébio (com Z, viu!?), e sempre perguntava da gente. Ela sempre gostou muito do seu pai. Daí, um dia, eu resolvi contar sobre a aventura da ovulação. Foi bacana... ela comemorou. Eu pedi segredo, já imaginando que talvez ela não se aguentasse...afinal, é duro não falar para ninguém que a amiga tá grávida, né? Mas ela foi discreta... depois da translucência, perguntou: "Então Pri, agora já posso contar?" Eu disse: "Se é que você conseguiu não comentar com ninguém - coisa difícil - pode sim". E ela confessou que já tinha falando só para algumas pessoas. É claro, né, Rafa! Eu também não sei se resistiria. Imagine quando ela engravidar? Vai ser uma festa... vou contar para todo mundo!
A Bia é uma amiga desde a época do intercâmbio. A gente se conhecia pouco no colégio, mas por causa da Renata, ficamos amigas. Até durante o meu intercâmbio, a gente trocou uma ou outra correspondência. Quando voltei, começamos a sair muito e viramos amigas. Ela é daquelas que não mede esforços por um amigo... se empenha, se dedica, se doa. Faz questão de ter por perto. A família, de tão bacana, conseguia reunir todo mundo por lá. Os pais vivenciavam a nossa juventude... Festas, churrascos, jogos de Copa do Mundo... sempre tinha bagunça na casa deles. Os dois nunca se incomodaram, ao contrário, faziam questão de receber. Naquela casa gostosa, acabava todo mundo ficando por lá mesmo. A gente saia muito juntas, temos muita história para contar. Na época da PUC, ela foi a primeira, talvez a única das amigas mais próximas, a ganhar carro. Vivia dando carona! Eu não me esqueço do tanto que reclamava do ar do Vitara dela. Eu sofria de frio. O vô Marcos dizia que eu tinha que andar em carro ferrado, mesmo... passando calor. Imagine, não gostar de ar... Mas a tia Bia abaixava, dava um jeito de abrir a janela para me aliviar. rs. Lembro também do CD do Jorge Aragão, que devia ser um dos que tocavam mais nos últimos anos da faculdade. Eu fazia jornalismo, ela era vizinha de prédio, na psicologia.
E as passadas nos cruzamentos sem freiar, quase... gente, me lembro de uma no Santo Antônio que foi uma aventura... ela ia, sem se limitar. Só depois reparava na placa. Isso ainda no carro preto, antes do jeep.
O episódio mais engraçado foi o do amigo oculto que ela arranjou com as meninas e me convidou. Aquilo foi cômico! Que saudade... gente, teve inimigo oculto também. Eu tirei ela! hahahahhaha... não me esqueço da mão à lá Casseta e Planeta do "Não solte pum no elevador!"... E a touca que a Lúdi ganhou? Preta, cheia de coisinhas coloridas - na época não existia chapinha! Foi muito divertido. Não dá para descrever. Só sei que até hoje não tenho cópias das fotos.
Bem, depois, quando comecei a namorar seu pai, ela curtiu. Gostava dele desde o começo. No nosso casamento, foi a madrinha mais linda! Estava com um vestido de cetim vermelho causando furor! Arrancou elogios de todos... as fotos do álbum não me deixam mentir.
Em 2006, ano da COPA, ela se casou com o Euzébio, que também é um cara super bacana. Foi a nossa vez de sermos os padrinhos.
Hoje a gente mantém contato, mas se vê pouco, né? Afinal, eu tô aqui em SP, ela lá em BH. Mas quando vou à cidade visitar a família, sempre ligo para ela. É uma amiga de quem sinto falta e que tenho prazer em ver. Seria uma maravilha se a gente morasse perto, se a gente pudesse dividir o dia a dia. Compartilhar histórias da vida de casadas e de mães, no futuro... ela diz que vai encomendar um amiguinho/a para você só daqui uns 3 anos...
Enquanto o tempo nos distancia, a gente vai matando a saudade como dá... e ela, acompanhando um pouco da sua história por aqui.
Bia, você é uma amiga de ouro! Prepare-se... Rafael tá vindo aí.

Vó Paula e Vô Marcos






Eles são marinheiros de primeira viagem, como eu... e estão curtindo igualmente a novidade, tanto quando nós dois, eu e seu pai. A vó não tem outro assunto, como ela mesmo confessa. O vô também está super feliz com a sua chegada. Dá dor no coração só de pensar que a gente não mora perto deles. A vovó já disse que se estivéssemos em BH ela passaria diariamente para dar uma mordida em você. Desde antes da gravidez, já ficava me incentivando a liberar logo, a não me preocupar mais só com trabalho e outras coisas, para curtir a experiência de ter um filho. A verdade é que ela estava igual ao seu pai: não aguentava mais esperar! Queria um neto de todo jeito. Imagine, quando chegou de Paris, em janeiro deste ano, estava tão feliz, realizada, que disse que se morresse, morreria feliz... que se não fosse pelo Pedro, ela poderia ir tranquila, porque eu já não precisava mais dela (já tinha me tornado uma mulher, bem orientada) e ela já tinha feito de tudo na vida. Eu fiquei boba com aquilo e logo disse: "Mãe, mas e o neto?" Num piscar de olhos ela disse: "Nossa, é mesmo... eu ainda tenho que viver muito!". Tá parecendo a vó Talícia, que estabelecia metas para continuar vivendo. Ainda bem que você só está na barriga... ou seja, ela vai ter que ficar conosco por muito tempo para curtir o seu desenvolvimento.
O contato com a vó Paula tem sido mais frequente por causa do doutorado. Com isso, ela tem acompanhado o seu crescimento aqui dentro. Às sextas, a gente fica só umas horinhas juntas, mas é tempo suficiente para eu me deitar no colo dela e falar da vida, das mudanças, dos planos para a sua chegada. Ela diz: "Minha filha, eu não vejo a hora desse nenem nascer... vai ser a coisa mais linda..."; "Ver uma filha grávida é uma emoção ímpar..."; "Esse bebê vai ser uma menino muito feliz, porque ele já é privilegiado...", entre outras coisas. Ela fica refletindo comigo sobre o quanto é bacana ter um filho planejado. E fica orgulhosa e feliz de saber que eu estou bem, curtindo a gravidez intensamente.
O vô Marcos liga sempre... ontem deu a notícia de que vai voltar para Bélgica, onde deve ficar até Abril. Ele chegou a falar em vir em Março para o seu nascimento, mas a gente há de convir que não faz sentido. O coração apertou. Eu adoraria que eles estivesse aqui pertinho, mas entendo que profissionalmente será importante. Quem sabe quando vc estiver maiorzinho, ele não estará de volta, de vez?! Assim vc vai poder curtir a convivência com um avô bem humorado, engraçado, que não perde uma, como diz o seu pai Marco Antônio.
As fotos tiradas acima foram em mais um momento raro, de pai e mãe em SP. O vovô ligou dizendo que vinha passar uns dias aqui, na semana de outubro de folga na escola. Eu fiquei radiante. Ele acabou vindo sozinho. Enfrentou 600 km de estrada para nos visitar. Ainda pegou um baita trânsito na Marginal... mas foi uma delícia. Quando ele apareceu no portão foi logo perguntando da barriga: "Deixa eu ver a barriga!" e em seguida exclamou: "Que linda!" Eu fiquei feliz da vida com a reação dele. Acho que não esperava uma frase tão espontânea, afinal seu avô sempre foi exigente. Vivia me alertando para me cuidar, porque depois da gravidez tudo seria mais difícil. Ainda bem que eu tomei juízo antes, tanto é que estou mantendo o peso bonitinho nesses primeiros meses. Ele mesmo disse que é só a barriga.
Naquela quarta-feira à noite, quando o seu pai chegou, fizemos a traíra que o vovô trouxe da estrada... uhn, ficou uma delícia.
Na sexta, a vovó veio, naquele bate-e-volta habitual. À tarde, com os dois em casa, deu para curtir. A gente saiu para dar uma volta, olhar umas coisas, e à noite, quando o seu pai chegou, tirou as fotos. Eu amei!!!! Só Deus sabe o tanto eu gostaria que você fosse criado bem pertinho deles, assim como eu fui com os meus avós. Vô Lu (que você terá o prazer de conhecer), vó Letícia, Vó Talícia e vô Hélio foram essenciais na minha infância. A memória de cada um deles faz parte daquela época. Se a gente continuar vivendo em SP ou em qualquer outro lugar que não seja BH, já tenho planos de te mandar para BH nas férias e/ou quando eu estiver de plantão. Você vai pra colônia de férias no Minas, vai curtir a casa dos avós, vai lá ser mimado... mimado de carinho, porque o troninho será seu por muitos anos!
Ai que delícia esses avós...

Só para matar a curiosidade



Só para matar a curiosidade de quem quer, desesperadamente, ver uma foto da barriga. Isso daí era na 20a. semana, ou seja, no 5o. mês completo.

Rafael ou Sophia ?

Parece tarde para falar sobre isso, mas eu quero te contar sobre a escolha do seu nome.
Bem, para menina, eu sempre quis Pietra, mas achava Sophia lindo, desde o nascimento do seu tio Pedro. A vó Paula dizia, já naquela época, que Sophia quer dizer sabedoria, a parte feminina de Deus. Seu pai não gosta de Pietra, ama Gabriela. Mas em comum acordo, já tínhamos decidido que seria Sophia, com PH, porque é muito mais sofisticado. É um charme, na verdade. Então, se um dia você ganhar uma irmãzinha, ela terá esse nome.
Quanto ao menino, assim como Gabriela, o seu pai é apaixonado por Gabriel. Tinha uma idéia fixa, mas eu não queria repetir nome na família. Afinal, ia ficar o Gabriel da Patrícia e o Gabrielzinho da Priscilla... já imaginou, que coisa chata?! Mais, já que todo mundo tem apelido - ainda mais em SP, onde as pessoas te chamam pela primeira sílaba do nome: Pa, Ma, Ta, Sa, Si, Li, Ca... e assim por diante... - você ia virar Biel, com certeza.
Na dúvida quanto aos nomes, fui buscar os que ainda não existem na família. Pedro sempre foi o meu preferido, mas convenci a vó Paula a colocar no irmão. João já tem o da Fê, por isso, não dava nem pra ficar um João Lucas...
Eu também não queria nada com R no meio. Pra não ficar como no interior Marrrrco, porrrrta, Berrrnarrrdo... A gente até brincava dizendo que ia virar Narrrdo. Credo, já pensou?! haha
Daí, vieram os seguintes: Antônio ou Rafael... Eu acho lindo Antônio, mas ia sobrar um Toninho, Tonhão... ou Tom, na melhor das hipóteses. Por causa disso, todo mundo, até seu pai, que é Marco Antônio, preferiu Rafael. Os avós maternos aaamaram, o seu tio coruja Pedro amou, a sua irmã Fê também preferiu.
A verdade é que, no começo, insatisfeito com a não escolha de Gabriel, seu pai fez pouco caso... Hoje acho que tudo não passou de provocação, que me pegou de cheio um dia lá pelo terceiro mês. Mas depois, por conta própria, ele saiu contando para todo mundo que era um menino e se chamaria Rafael. Agora já te chama até de Rafa nas conversinhas com a barriga. Ele tá curtindo!
Eu fui procurar no google o significado, porque várias pessoas já tinham me perguntando, e adorei: Rafael é o anjo da cura, companheiro de Deus. Alguém fiel. Não é lindo?
O seu vô Marcos diz que todo Rafael é da pá virada... mas ele gosta do nome. Então tá escolhido... vc já é inclusive apresentando para as pessoas. Para todo mundo que me pergunta se é menino ou menina, eu logo digo: "É um menino, o Rafael." Que Deus te abençoe!

Sua mãe

O ponto final

Que alívio. Demitir não é fácil, mas quando se tem consciência de que é a coisa certa, dá um alívio....eu estou leve, feliz, tranquila! Finalmente consegui pôr fim ao incômodo em que a empregada tinha se transformado na minha vida. De uns tempos pra cá, era só pepino. Até você, Rafael, deve ter sentido um pouco das "más vibrações", digamos assim, pelas quais eu passava semanalmente com ela. Ninguém merece!
Além da incapacidade de se aperfeiçoar, da falta de vontade de aprender a ler e a escrever, dos términos frequentes sem aviso dos estoques de produtos como café e manteiga, das ausências sem justificativa (canos, em bom português!) e das contas homéricas de telefone, ela começou a usar o meu perfume! Ah, é demais, né?, ver o seu "Mademoseille Channel" acabar nas mãos daquele toco! Que Deus me perdeu, mas era um toco... Tosca, que só Deus sabe.
No fim, apesar da satisfação de ter interrompido um ciclo que mais me cansava do que qualquer outra coisa, eu torço para ela se ajeitar. Achar uma casa como aqui não será fácil, mas ela tem qualidades que a fizeram entrar e ficar por três anos. Gente, tudo isso? Como a gente aguentou esse fim, hein?!
Tomara que consiga em algum lugar, onde as limitações e as encrencas em série não afetem tanto. (roubos de salário, ocorrências na delegacia por espancamento em família, dor de dente, falta de dinheiro, nome sujo na praça, desmaios, entre outros).
É isso. Missão cumprida! Eu acho até que ela foi embora pensando no tanto que pisou na bola, porque não esboçou surpresa, tristeza. Too late...
obs.: vou aproveitar que perdi a ginástica por causa disso para escrever tudo o que quero no blog... tenho várias histórias atrasadas.
Seu pai ligou... acabo de falar da minha alegria. Bola pra frente, porque a Rosa vem aí. E se Deus quiser, para ficar... para melhorar! Oba!
obs.: foto dela, nem pensar!