22 de abril de 2009

Novidades do segundo mês

Há quase duas semanas mamãe não consegue sair do lugar com os relatos sobre sua vida. Não gosto muito disso porque tenho certeza que, se não forem registrados com palavras, a gente esquece com o tempo. E eu não quero me esquecer de nada sobre o seu desenvolvimento, sobre seus aprendizados. Você fez 70 dias hoje! Vamos às novidades então, para quem ainda não sabe...
Você anda com um olhar fixo. Começou com um mês e meio, portanto, há 3 semanas, quase um mês. Um belo dia você começou a me olhar, como se estivesse prestando atenção. A coisa mais fofa! O surpreendente é que acontece como se fosse de um dia para o outro. De repente começa a fixar o olhar e a gente nem acredita. Você já foi para BH assim, o que foi maravilhoso, porque todo mundo que te pegou no colo sentia que estava sendo visto e observado. Outra novidade, essa começou a aparecer em BH, que ficou mais evidente no fim da semana passada, ou seja, quando você estava com dois meses e quatro ou cinco dias: o sorriso. Lá na casa da vovó, você abriu vários ... me lembro bem de quando a mamãe ficou fazendo boca de peixinho para você. A vó Paula disse até que você estava começando a perceber e a responder aos estímulos. Ou seja, as carinhas de riso estavam deixando de ser apenas um espasmo para começar a se transformarem em sorrisos de verdade. Agora você não para mais... ontem, dia 21, no feriado, mamãe inventou de encher as bochechas e dar soquinhos com as suas mãos nelas enquanto sopra o ar, como se fosse você quem as estivesse esvaziando. Você ri que é uma beleza! Uma delícia! Adora também receber umas fungadinhas e beijinhos nas mãos, quando está sentado nas pernas, de frente para a mamãe. Foi assim que o papai conseguiu flagrar esse sorriso lindo daqui.
Para o papai você também tem sorrido, claro. Ele gosta de te pegar de frente e encostar o seu rostinho no dele, nariz com nariz (mamãe se esqueceu do nome desse tipo de beijinho: de foca, será?). Você adora! Hoje quando a mamãe foi te pegar no berço depois da dormidinha das 13h (você hoje tá um dorminhoco!), você era só sorrisos... Achava graça do móbile do sapinho que está pendurado no berço, achou graça da mamãe te fazer dar um abraço no pierrô de pelúcia que o vô Marcos te deu para ficar com o cheiro da mamãe... Esse alto astral é uma comédia. Mamãe aaaaammma, porque você me faz acreditar que será um menino de muito bom humor. Quer dizer, só não pode querer o peito... senão a casa cai. Aliás, isso não é novidade, já virou o seu vício. Ave, como gosta de mamar!!!!! Tá um chumbinho. Desde que voltamos de Minas, tenho te dado de mamar à noite deitada. É, ficar duas horas com você nos braços era de matar. Então tem sido assim: depois do seu banhinho, mamãe deita com você enquanto você mama... é uma maravilha! Hoje tem mais... daqui a pouco.

Bisavô Lu...



Ele é seu único bisavô, é o pai do vô Marcos, que ainda está na Bélgica e só vai poder te conhecer no fim de maio (mamãe não vê a hora dele te pegar nos braços). O vô Lu foi o primeiro a chegar no churrasco. Não estávamos prontos ainda, mas a mamãe logo te colocou no colo dele que, por enquanto, só tem você como bisneto. Não demorou muito e você fez um baita cocô. Ele logo falou: "Opa!!!" E em seguida disparou: "Não vaza não, né?!". Foi engraçado demais... Sorte a dele que não vazou. Rs. Tiramos várias fotos para registrar o encontro que a mamãe avalia como um privilégio, afinal, nem todo mundo tem a chance de conhecer um bisavô. O único pesar, que é sempre o mesmo, é o de não morarmos mais perto para você ter um contato maior.
Para a mamãe, o vô Lu teve um papel fundamental. A sua vó Paula nunca deixa de relembrar o tanto que ele fez por mim (por nós) na infância. A mamãe se lembra até hoje das idas para o sítio em Mateus Leme... dos boizinhos (um deles era branco e se chamava Príncipe), do paiol, do tanque de peixes e, principalmente, das jaboticabeiras e das galinhas. Até hoje o Vô se lembra da minha relação com elas e voltou a falar disso quando fomos te levar na casa dele. Ele conta que, como a vó Letícia me ensinou a chamar as galinhas falando 'Priiiiii....priiiiii, pri.....', eu dizia que todas eram minhas. Ele acha graça ao relembrar. Parece impossível, mas a mamãe não se esquece de chamá-las jogando milho do alpendre da cozinha do sítio (quanto ao que eu dizia ao tentar fazer com que elas se aproximassem, só sei por causa dos relatos dele). E as jabuticabeiras? Nossa, essas são inesquecíveis! Nunca mais vi esse tipo de árvore frutífera com aquele porte. Eram enormes! A vó Paula fazia os seus bisavós paternos passarem aperto porque subia grávida de mim nos pés (eram seis) para chupar as jaboticabas. Quando a mamãe tinha uns 6 anos, por aí, em época de safra, a gente enchia os balaios no fim de semana, botava no porta-malas e levava para o Pitágoras da Pampulha, para que todos os coleguinhas pudessem comer um pouco. Eu me lembro bem da cena: balaios cheios, com cada bitela de dar gosto, colocados lá na frente, em baixo do quadro, e os coleguinhas com copinhos para encher. Depois, cada um comia sentadinho na sua mesa. Nem parece que foi há tantos anos - há mais de 20 - porque a imagem é muito clara na minha memória. Pena que não há fotos de tudo isso! O certo é que, se esse sítio ainda existisse, você ia adorar Rafael. Ah, tem mais: a mamãe não se esquece de viajar para lá na Caravam cor de caramelo do Vô. Eu ia atrás, entre os dois bancos, conversando com ele e com a vó Letícia. Adorava... Quando dava vontade de fazer xixi na estrada, a vovó pedia para o Vô encostar no acostamento mesmo. Foi assim que a mamãe aprendeu a não passar aperto quando não tem posto de gasolina por perto. Ela, que sempre usava saia, me ensinou a arredá-la, sem precisar abaixá-la. Até hoje faço isso em casos de extrema necessidade! hahhahaha.
Ao falar de tudo isso, mamãe só fica pensando em quais serão as histórias que você vai guardar dos seus avós. Tomara que sejam muitas porque as boas lembranças da infância a gente carrega por toda a vida. Mamãe acredita que elas fazem parte da construção da nossa essência, dos nossos valores e até das paixões.

Se Deus quiser o vô Lu, que faz 80 anos em agosto, vai viver muito ainda para te contar muitas histórias e para você ter tempo de criar uma memória dele também. Mamãe ama esse Vô e você também vai aprender a amá-lo.

17 de abril de 2009

A apresentação à família mineira

Foi um encontro e tanto. Lá estavam quase todos das duas famílias, a materna e a paterna, e a do vô Alexandre. Todo mundo foi para te conhecer. Imagine a curiosidade... naquele dia já fazia quase dois meses do seu nascimento. A vovó Paula que teve a idéia. Ligou um dia aqui para casa dizendo que ia fazer um churrasco em que também seria comemorado o meu aniversário de 31 anos. Trinta e um, já! A mamãe achou que ela não devia gastar com isso, mas ela fez questão. Disse que era um presente e que seria uma forma de todos te verem... seu pai me "proibiu" de tentar fazer com que ela mudasse de idéia. Pois foi uma delícia e não deu outra: quase todo mundo só te viu naquele dia mesmo. Com a família do vô Marcos - só faltou ele!

Era cinco de abril e fazia um calor danado. Você estranhou aquela barulheira. Passou quase a tarde toda no peito, mamando. Conversando com a vovó Paula no dia seguinte, eu disse que sabia que você mamou daquele jeito para se acalmar. É como quando a gente come mais num ano de intercâmbio, não só para conhecer novos sabores mas, principalmente, para se fortalecer para as novas situações. Para você, a agitação dali foi muito diferente de tudo que você vive em São Paulo e o peito é a sua fortaleza. Mamãe só está trabalhando para que ele não se transforme no seu único querer.
Bem, todo mundo te achou lindo, claro. E a CA-RA do pai. Depois de umas horas em que você estava colado no meu peito, suando as costinhas, mamãe te levou lá para cima com a tia Gá. Você logo se acalmou. Ela fez uma oração linda por você, pedindo saúde e uma vida de bençãos, marcada pelo amor. Depois te pegou no colo pra te ninar, para que a mamãe pudesse descer e ficar com a família e amigas - estavam lá a Bia e a Renata, que naquele dia estava grávida de seis semanas.
Lá em cima, a tia Bete ficou tentando te fazer aprender a chupar o bico. Enquanto você mamava, ela ficou perguntando se você não o chupava e disse que tinha que pegar para dar um descanso no peito. A vó Paula desceu dizendo que ela estava comemorando que você tinha pegado mas, infelizmente, durou pouco. Você não gosta de jeito nenhum. Mamãe falou um pouco de você nas rodinhas e logo elas te trouxeram de volta, bem calminho. Foi bom porque só aí a gente conseguiu registrar o encontro com fotos. Mamãe adorou o presente.



Matheus, nós, tio Pedro, tia Eliane, André e Lilica

Que loucura: não fizemos fotos com os tios De Paula, nem com a vovó, vô Alexandre e a família dele nesse dia!
Aqui uma outra, do nosso último domingo lá:

14 de abril de 2009

A primeira viagem: 600 km até BH


Que aventura, pegar estrada com você tão pequenininho. Mamãe confessa que passou vários dias preocupada com a sua segurança... deu medo! Para tranquilizar, fiz muitas orações porque queria muito ir para BH com você e, desde o Carnaval, a contagem foi regressiva para a viagem da Semana Santa. O pediatra disse que você podia pegar estrada numa boa, nós só precisávamos ir no seu ritmo (isso não precisaria nem falar, né?!). O avião me parecia a melhor opção no início, mas seu pai insistiu que não dava para levar a sua mudança no voo e que seria melhor ficar de carro em BH. Realmente. Foi bem melhor, sem contar que não enfrentamos o problema da pressão nos ouvidos nas decolagens e pousos.
Mamãe começou a fazer as malas na véspera e resolveu levar praticamente todas as suas roupinhas, pra não faltar opção. Além disso, eu já previa que você voltaria de lá sem caber em muitas delas. Na manhã do sábado, papai começou a arrumar o porta-malas. Tinha coisa demais, filho: seu carrinho, o bercinho portátil, banheirinha inflável, mantinhas, roupinhas, as nossas coisas, as lembrancinhas da maternidade que eu também levei e até a garrafa térmica para deixar a água pronta na hora de limpar o seu cocô. Estava tudo lá. No banco de trás, um mundo de travesseiros e a almofada para te amamentar no carro e na casa da vovó. Ainda em SP, passamos na Eco Baby para comprar as cortininhas para barrar o sol no carro e pegamos a estrada por volta das 13h. Estávamos só esperando para ver como você se comportaria. Bem, você já saiu mamando de casa... mas no início da estrada já tinha terminado. Depois de arrotar, como em todo o trajeto, mamãe te colocou no seu bebê conforto. Foi uma coisa! Você estava de babador, mas nem regorgitou. Chorar, só horas depois para mamar de novo. Dormiu o caminho inteiro, todo lindo... apaixonante. Paramos duas vezes. Uma para comer e trocar o seu cocô... cocozeira! rs. A outra, já à noite, quase chegando, para trocar o xixi que vazou da Pampers, claro! Mas foi tudo rapidinho. E o papai, acima dos 100 km/hr, nos fez chegar em BH às oito da noite. Você não deu trabalho algum e Deus nos abençoou. Chegamos bem, com você em segurança.

2 de abril de 2009

Rafael: 56 centímetros e 5 quilos!













Com esse peso você alcançou o tamanho de bebês que nasceram no mesmo dia que você - 11/02 - de 40 semanas. Ou seja, é como se não tivesse sido prematuro. Também, mamando como você está, não podia dar outra. O Dr. Fran disse que você ganhou 70 gramas por dia quando, em média, os bebês ganham entre 25 e 50 (mamãe já falou disso aqui). Mamãe nem acreditou! A gente já vinha improvisando na balança de casa para estimar o seu peso (mamãe subia sozinha e depois com você; a diferença era o seu peso), mas eu duvidava que você já tivesse alcançado os cinco quilos, filho. O médico ficou bobo com a história das duas horas de peito todas as noites. Ele dizia: "É... o que é que a gente vai fazer, hein?!"... e pensava, pensava, mas nada de solução. Se bem que quando eu disse que você mama esse tempo todo à noite e não de madrugada, ele ficou mais tranquilo. Disse só que os intervalos das madrugadas têm de ser bons, para eu não ficar muito cansada. E deu, como opção para não te amamentar sempre que você acorda, as seguintes alternativas: 1 - bico/chupeta (que você não gosta, não adianta! Em BH todo mundo tentou e não adiantou. Você cospe depois de uns minutinhos! A vó Paula disse até que vai apresentar o seu caso nas aulas de psicologia: muitas vezes, você sequer abre a boca atendendo aos estímulos. Coisa que com 2 meses todo bebê deveria fazer! "É voluntarioso mesmo", reforçava a vovó.); 2 - cházinho (ixi, piorou!); 3 - leite da mamãe na mamadeira, para alguém dar (Isso significa que o seu pai teria de acordar de madrugada para te dar o leitinho. Até parece que a mamãe vai querer... se você cismar de não pegar, serão dois trabalhos - um para colher e outro de levantar para te acalmar. Sem contar que o pai ficaria bem mais cansado e talvez até incomodado se tivesse que acordar todas as noites de madrugada!). A última opção e, atenção, só abordada porque o SEU PAI entrou no assunto foi o Nan. O pediatra disse que com esse ganho de peso não pode dizer que o leite é insuficiente e que, então, Nan era a última hipótese. Mais: só deve ser uma alternativa caso a mamãe queira um descanso, depois de não conseguir executar nenhuma das outras opções. Ou seja, você vai continuar no peito... vai continuar esse "mamão" que não pára de crescer. Cansar cansa... Às vezes mamãe é pega cochilando com você no peito (ave!), mas por enquanto vamos ficar assim... Já tô doida para saber quando você vai ganhar até a próxima consulta, em maio. Só não pode virar vício e você ficar gordo demais! rs.