2 de agosto de 2009

Primeiros dias desgrudada de você


Uma semana depois e aqui estou eu para falar da nova fase da nossa vida, com a mamãe trabalhando. Felizmente, você foi melhor do que o esperado. Eu também. Cheguei a conclusão que o mais difícil - o que mais dói - é a espera pelo retorno e o primeiro dia fora de casa. Depois cura. Cheguei no trabalho cedo e no primeiro abraço, desabei. Foi terrível saber que eu estava ali por obrigação e tinha te deixado em casa. Não ia te ver acordar sorrindo, não ia te dar mamá sempre, não te daria a papinha... Passei umas duas horas me perguntando como é que as mães conseguem voltar. Confesso que ver a Lidi lá ajudou, afinal, poucos meses antes ela deixou a Sarah em casa com a babá. Na véspera, receber a ligação da Laura também foi confortante, por mais breve que tenha sido, já que eu estava te preparando para dormir. Bem, no meio da manhã de segunda, comecei a me sentir melhor. É curioso porque o sofrimento passa rápido. Ainda bem que é assim, senão acho que desistiria. Depois do retorno, passei todos esses dias pensando que aceitar a volta e conseguir administrar esse tempo sem você é como o seu processo de cicatrização de um ou outro arranhãozinho. Seca e some tão rápido, que é surpreendente. Daí, cheguei a conclusão de que, tanto quanto a natureza, o tempo é sábio. Nada melhor que ele para nos ajudar a levar as coisas numa boa.

Passada a parte mais difícil, eu não poderia deixar de registrar o mais bacana de tudo. Nesses dias, experimentei uma alegria ímpar: a de voltar para casa. Chegar aqui e te ver me dá uma felicidade tão grande que eu fico certa de não existir naquele momento ninguém mais feliz no mundo do que eu. O coração até palpita! O primeiro dia foi atípico, porque você me ignorou. Papai sugeriu que eu fosse de táxi para ele, que ainda estava de férias, me buscar com você. Assim, o tempo longe seria mais curto. Adorei a idéia. Quando chegaram, você estava dormindo. Só acordou perto de casa... e ficou prestando atenção na minha voz. Quando desci do carro na garagem, desesperada para te pegar, você nem tchum. Ficou olhando para todo canto e me ignorou... nem um sorrizinho! Gente, como é que pode?, pensei. Mas já sabia que isso acontece. Logo te dei de mamar e depois você já era o mesmo Rafael de sempre. Da terça em diante, chegar foi uma festa. Você abria o sorriso e eu te agarrava no colo. Sua vó Nair estava conosco e ajudou na transição, que foi fantástica.
A rotina foi e continuará sendo assim: depois de mamar, você volta a dormir. Quando acorda, come a frutinha. O leite do peito que eu tirei todos os dias na TV para você consumir no dia seguinte foi para o lixo, exceto na terça. Nos outros dias você o desprezou. Tô pensando em doá-lo, já que preciso tirar para não dar problema. Em dois dias, você aceitou tomar o Nestogeno 1. Só um pouquinho: 80 e 70 ml, apenas. Por mim, não tomaria nem isso... mas tenho ficado confusa quanto ao que devemos te oferecer antes da papinha do almoço e, enquanto não voltamos no Fran, a Dorinha vai continuar a te oferecer, pela manhã, um leitinho e uma fruta. A papinha de orgânicos é o "must", para usar o termo do pediatra. Depois do segundo dia você já estava traçando. Hoje, domingo, os horários ficaram um pouco invertidos e você a comeu no fim da tarde. Traçou! Fiquei boba e admirada com a boca boa que você fez. Duas conchinhas completas! Que orgulho! Quero até ver quanto você engordou nesse último mês.

O fato de você ter se adaptado bem é uma tranquilidade pra mim. Assim não fico tão pesarosa de estar fora. A grande pena é que o tempo com você realmente ficou curto. Quando chego, por volta das 15h30, ainda tenho que almoçar até te dar o segundo mamá do dia. Daí, faço uma coisa ou outra até voltar a colar em você. Logo logo o dia acaba, porque você tem tomado banho para começar a mamar à noite por volta das 20h. Outra novidade: o peito costuma estar tão cheio que a semana inteira você ficou uma hora a menos mamando. A mamada ainda é longa, dura uma hora. Mas percebi que nesse tempo, graças à quantidade de leite já disponível, você consegue tudo o que precisa e apaga. Estimo que beba uns 350 ml de leite. A barriga fica até estufada! Mas é uma delícia estar com você. Aos poucos vou ter de voltar a fazer outras coisas, mas não tenho querido sair de casa quando chego. Só dá vontade de ficar com você... O primeiro fim de semana foi de folga, graças a Deus. Te curti bastante e, se já o fazia, agora então é que não vou desperdiçar nem um segundo ao seu lado. Você é maravilhoso, meu filhote querido, meu amorzinho maior que tudo!

Um comentário:

Pedro disse...

Ele tá um fofo irmã!to doido pra gente ir ai pra sp para ficarmos com voces!A boquinha toda cheia de comida!!!!Que fofoooo!