23 de janeiro de 2010

O primeiro corte de cabelo




Já tinha quase um mês que seu pai andava dizendo que você estava igual ao Pato Donald, com o cabelo grande e arrepiado atrás. Eu, por outro lado, sempre achei lindo. Grande, arrepiadinho, com as pontinhas viradas pra trás é o meu estilo preferido, descolado. Mas sempre achei que ele faz muito mais questão do que eu sobre o seu corte, então não foi difícil aceitar que iríamos cortar as madeixas.
Semana passada, estava lendo a CRESCER que a Bizuca mandou e li a coluna da Denise Fraga "Mamãe Cabeleireira". É maravilhosa, porque ela conta como foi que começou a cortar o cabelo dos filhos. Que privilégio o dela!
Dei a sorte de ler de voz alta e seu pai ouvir. Ele achou super simpática e eu logo arrisquei um: "Posso cortar o cabelo dele?", pedindo permissão mesmo, porque se fizesse sem o consentimento, ia dar confusão. Ele disse: "Pode!", com simpatia. Filho, fiquei super feliz e pensei que ia deixar exatamente como eu gostaria. Mas, dois dias depois, já na primeira mexa, percebi que o negócio ia desandar. A tesoura é a do kit higiênico e não serve para grandes empreitadas. Já tinha usado para cortar duas vezes o cabelinho que fica em cima da orelha, mas, dessa vez, ela abriu os fios, como se estivesse navalhando, sei lá. Achei melhor não arriscar mais e aceitar a frustração de, pelo menos por enquanto, não ser a sua cabeleireira.
Até pensei em comprar uma profissional, mas não me empenhei nessa busca e o fim de semana chegou. Com nós dois de folga, acabamos indo lá no salão que o seu pai tanto queria. É infantil, mas sem muita parafernália ( o do Pedrinho de BH sim... é um circo, quase!), mas eles têm o carrinho, uma TV na frente, uns brinquedinhos, e o pirulito, que a sua mãe recusou prontamente.
A escolha do papai tem um motivo histórico: era lá que ele levava a Fê, sua irmã, desde pequena. É ali na Vila Madalena, perto de casa.
Bom, seu pai foi estacionar e eu entrei com você. A recepcionista perguntou se eu tinha preferência, mas disse que não. Aí ela gritou: "De quem é a vez?" Apontaram uma tal de Gê que, acredite, quando o seu pai entrou, disse: "Essa era a moça que cortava o cabelo da Fê!" Fala sério, 20 anos depois do primeiro corte, lá está a mesma cabeleireira. Seria possível tamanha coincidência?
Era ela mesma! Quando perguntei há quanto tempo trabalha lá, a resposta: "Há 21 anos!" Eu disse que você era simpático, mas bravo... para prepará-la, claro. Mas você não deu trabalho nenhum, além do que já é comum nos casos de bebês: não parou quieto! Rápida e ágil, em menos de 15 minutos ela já tinha feito tudo. Eu percebi que seu pai ficou emocionado! Até eu estava boba... imagine você lá, cortando o cabelo no salão, aos 11 meses de idade! Tá crescendo mesmo, virando cidadão quase. rs.
No fim, você ficou foi mais parecido com ele. Agora os dois tem o mesmo corte!
Pena que a gente não levou a máquina ou a filmadora. Fomos obrigados a usar o meu celular, mas vai saber se um dia eu vou tirar essas fotos e vídeo de lá, né?!
(Sua mãe tem preguiça de tecnologia!)
O programa em si foi uma delícia e, por tudo, vale o registro.

EM BREVE, A FOTO DO RAFAEL COM CARA DE CRESCIDINHO.

Um comentário:

Manoela Maia McGovern disse...

Meu Deus do céu que coisa mais fofa e comportada. Esse menino tá dando show!!! Mal posso esperar para conhecê-lo.
Beijo enorme pra toda família!