14 de junho de 2013

Rafael, THE brave!




Hoje me enchi de orgulho de você num momento em que tive de me segurar pra não fraquejar. Nós encaramos juntos mais uma despedida com bravura, meu querido. E a Gabi, que só tem cinco meses, estava conosco. 
Foi-se mais uma babá para quem você se doou completamente. Se entregou, aprendeu a gostar em dois palitinhos, como sempre fez, e a colocou em boa parte dos seus planos. Gentil, que só você, pensava nela até na hora de comprar os desejados chicletes. Voltava sempre falando que ia "dar um pra Regiane." Mas, vítimas da imaturidade e da ilusão, certamente, acabamos tendo que vivenciar mais uma despedida. 
Nem vale a pena gastar tempo e espaço - este aqui precioso - com detalhes, mas pra todos os efeitos, ela saiu porque já não suportava a saudade da família. Foi o que ela disse... E, pra você, é essa a história que vale.

O QUE FAZER?

Passei as duas últimas semanas, até dispensá-la, sem saber o que te dizer porque não conseguia assimilar que você ia encarar mais uma partida. Como é difícil também pra gente, Fefel... Mas, ao mesmo tempo que fico triste com as "perdas", preciso confessar que sempre tive prazer com as chegadas. 
E tenho tido a prova de que você só se fortaleceu. Certa de que também sente que o que há de mais rico - a relação familiar - continua como uma rocha entre nós. Amém.
Pois então, depois de ouvir a vovó Paula, decidi te contar hoje mesmo - o último dia dela - que ela não voltaria. Deixei você à vontade com ela enquanto amamentava a sua irmãzinha. Quando voltei, você estava todo encolhidinho no colo dela. Eu fico me perguntando: "Como alguém que escolhe ser babá põe a perder uma relação dessas?" Falta de capacidade para pensar, agir e ser diferente, na certa!
Bom, eu queria transformar a saída num momento leve, sem drama. Por isso, resolvi ligar pro tio Pedro. Mas não tinha ninguém em casa. Vô Marcos também não estava. Tio Du! Tio Du, pensei. Já estaria de volta em casa na sexta-feira. Foi ótimo. A vó Nair atendeu, mas disse que era urgente e que depois explicava. Você pegou o telefone, entrou numa conversa e, de repente, a agora ex-babá passou pela sala. Eu falei pra você se despedir - também tenho orgulho de mim! - e quando vi o seu bracinho e mãozinha envolvendo as costas dela, dei um suspiro! Nessa hora foi duro. Ao mesmo tempo que pensei na pena que era a partida, tive a certeza de que você é o menino mais especial do mundo. Pode ter igual, mas melhor é impossível!
Agora emocionada, de novo, deixo registrado aqui: você é a nossa riqueza! Agora está dormindo, mas acabo de sair do seu quarto onde fiz uma oração no pé do seu ouvido. Além de agradecer a Deus por você existir, eu te disse e repito: "Sorte de quem puder cuidar e conviver com você." 
Você é único, meu amor! E a sua irmã querida também. Ô nenem fofa! Pode procurar por aí que também não tem. Deus nos abençõe.

(14/06/2013)

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