11 de setembro de 2011

Ai, perdeu o sotaque mineirinho..."apaulistanou"!


Começou no dia 28 de agosto, cerca de 15 dias depois de você completar dois anos e meio. Eu reparei logo de cara. Era um sábado de folga e você falou: "Mãe, vamos ver Três PoRIquinhos!" PoRIquinhos?! Ai, meu Deus! Depois, falou gaRIfo (garfo) ... e eu tive certeza: não tinha mais jeito, estava mesmo perdendo o sotaque da mamãe, que predominou desde o início da sua fala. Sotaque que fez até você ser chamado de "mineirinho" pela primeira professora na escola, a Dinha. Logo gritei: Marco, você percebeu isso?!" Meu coração ficou pequeno porque adorava que você falasse do meu jeito, com o R mineiro. Na verdade, só tive consciência disso quando você "apaulistanou". Quando me dei conta, disse: "Filho, você é paulistano!" Sabe a resposta? "Não, mãe. Eu sou Corinthians!" Ai, Jesus! Rs. Aí fui explicar que paulistano é quem "sai da barriga da mãe em São Paulo". E que eu era belohorizontina, porque saí da barriga da minha mãe em Belo Horizonte. Você, tentando reproduzir ficou dizendo "bilorizongo!" rs. Bem, naquele primeiro fim de semana o R paulistano ainda estava difícil. Tinha um som muito nítido de I depois do R. Ainda era a transição... mas agora, dois fins de semanas depois, você já incorporou totalmente, perfeitamente. "Porta, quarto, short, Marco, garfo, tudo tudo tudo é com o R que você bem expressou no começo, como se tivesse som de RI. Só que agora flui naturalmente. Quem ouve, não percebe que você está mudando a forma. Detalhe: toda vez que eu te imito, aí você corrige para o R mineiro, dando sinal claro de que percebe a diferença quando repito. E meio que tentando se corrigir, como se o jeito novo não fosse certo. Eu só repito porque é surpreendente que tenha sido tão rápida a transição. Você não precisa mais se esforçar para falar como os coleguinhas, a professora e todo mundo mais por onde você anda, afinal, filho, você é paulistano!

OBSERVAÇÃO: Fez dois anos e sete meses hoje, 11 de setembro. No meio da tarde fomos à Playland com a Tia Lidi e Sarinha e tia Laura, Lucas e Daniel. Eu não acreditei que ela estava com os dois, mas foi bacana.

Você era o mais ativo, corria o tempo todo, para todo lado... mas foi uma delícia. Afinal, estar com eles é sempre uma maravilha. Pena que a gente não consiga mais se ver como era na época das nossas primeiras barrigas, grávidas juntas. Na despedida, fotos (feitas com a máquina da prevenida Tia Laura) e muitos abraços.

A impressão que tenho é de que, até entre vocês, é como amizade antiga. Podem ficar um tempão sem se encontrar que quando se veem é como se estivessem sempre juntos. Tem as brigas, claro, mas rola afinidade. Isso é uma delícia.

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