14 de outubro de 2010

Tiradas



São 22h30, do dia 14 de outubro. Seu pai acaba de sair para encontrar um amigo e você já está dormindo. Podia aproveitar pra pular na cama cedo, mas não aguentei. A sua falação me trouxe para cá. Mamãe já disse outras vezes que se impressiona com você. Mas o mais surpreendente é que uma surpresa supera a outra. Você está esperto de um jeito que só quem vê entende o que a gente diz. Agora há pouco, logo depois que lavei a sua boca, depois de escovar os dentes, te pedi um abraço para te trazer para o seu quarto. Você, espontaneamente, soltou um: "Te amo! Te amo!" Que delícia isso, filho!

A motivação do registro agora são algumas frases recentes, que não quero que sejam esquecidas, nunca.
Aliás, este é o primeiro registro da virada de mês. Agora você está com 1 e 8, recém completos. Pausa para outra reflexão: COMO PASSA RÁPIDO! Hoje foi dia de mais um ensaio do coral na casa pertinho daqui... toda quinta, quando eles cantam, me lembro de começar a ouví-los quando você nasceu. Parece que foi ontem!


Bom, então aqui seguem as tiradas:

Hoje, durante o banho:
- "Assim, assim... lavando a 'olela' (orelha)! Falou dentro da banheira, enquanto mexia na água e jogava um pouco na orelha. Uns minutos depois te perguntei o que estava fazendo, porque estava molhando a nuca e parte da cabeça. Você respondeu: "Limpando a olela". É demais, viu!
- "Tá cheio... de água", disse depois de encher o potinho do sabão Jonhson que a mamãe deixa para você brincar.

Ontem, na hora do jantar:
Mamãe estava te dando o papá e falou para a Gi subir e usar a internet. Você completou com maestria: "Aproveita!" hahahahahahahahhahaa. Caímos na gargalhada, claro!

Mais cedo eu quis aproveitar uma hora em que você estava assistindo TV para aparar o seu cabelinho na nuca e perto da orelha. Sacanagem! Fui fazer justo na hora do seu vídeo preferido, o das formas do Mister Maker, que você espera ansioso para dizer junto: "círculo, triângulo, quadrado, retângulo" (Vovô Marcos é prova de que não estou mentindo!). Pois bem, daí fui cortar e você, concentrado, disparou, sem olhar pra trás: "Pála mãe!" Como pode? Fiquei com dó e esperei acabar para arriscar um corte rápido durante um desenho menos importante. Deu certo.

Outras tiradas desses últimos dias do feriadão, em que a mamãe e papai trabalharam, mas o vovô estava em casa:
- Cadê vô... a chave da mamãe?" Adora chave. Costuma pegar para enfiar no buraquinho do guidom da bicicleta e sai andando, como se fosse a chave do veículo.
Ah, lembrei. Na bicicleta tem de ter chave. No carrinho, cachá (crachá). "Cadê o cachá?", costuma pedir.

"Ô vô... pega... Fefel!", pedia para ele te tirar da cadeirinha do almoço ou jantar. Me lembro das histórias que a tia Gá conta que eu, pequena, gritava para o vô Lu do corredor que levava ao barracão: "Vô, pega a Piscilinha!"

Preparem-se para esta: "Marco Tonho (Antônio - o pai) deixa... Fefel fazer bagunça!" Essa eu anotei no meu papelzinho surrado que tá aqui do lado, para não esquecer. Incrível, você tem uma percepção muito precisa. Papai sempre foi mais gentil, tolerante. Mamãe não... se não o mundo acaba, gente!

Ah, num outro dia - não vou lembrar o que te pedíamos - você respondeu: "Sei lá... sumiu!" rs.

Outra hora, mais frio, mamãe trocou sua blusa e você pediu: "Ô vô... põe... o capuz!" Inacreditável.
Sobre as blusas também adora dizer: "Mamãe de busa (blusa), vovô de busa, Gi de busa... Fefel de busa!", reproduzindo o meu discurso insistente das horas em que tento fazer você não baixar o ziper sozinho para tirar a blusa. Pode estar até friozinho que teima: "Calor!", só para tirar.
Já é outono mas o frio em SP continua nojento! Por causa disso estamos dormindo com aquecedor todo dia e, mesmo assim, você pegou uma gripe. A mais forte da vida talvez, porque chegou a ter até tosse com ânsia de vômito. Desde ontem tá tomando um xarope mais fortinho do que só o redoxon e fazendo inalação. Por falar nisso, está levando super bem. Senta lá e fica quietinho, quase sempre. A primeira, na terça do feriado, subimos eu e o vovô juntos. Tive a idéia de fazê-lo segurar o equipamento para inalação de adultos e você embarcou no seu sem se queixar. Eu fiquei lá te segurando, fazendo a inalação e rindo do efeito psicológico da coisa, que funcionou super bem.
Moral da história: está uma delícia essa fase. Papai antes de sair disse: "Pri, o nosso nenezinho cresceu! Tá falando tudo, direitinho!" Tá mesmo filho... e a gente é puro orgulho! Graças a Deus você é nosso. Graças a Deus você existe! Que Deus te abençõe, sempre! Deixo isso registrado aqui, mas com você ou sozinha, deitada, no banho, no carro, no clube, em casa, onde quer que esteja, agradeço pela sua vida. Você é tudo que a gente podia querer.

Um comentário:

Manoela Maia McGovern disse...

Amei Pri! Confesso que fiquei emocionada no final. E amei o "aproveita" do Rafael e o "Marco Tonho" kkkk que máximo! É bom acompanhar cada capítulo dessa história linda que só está começando. Beijos em todos. Amo vocês!
Tia Manu