18 de novembro de 2010

"Papai do céu tá no céu"


Demorou muito menos do que eu imagina para você entender que a gente não o vê. Estava fazendo a oração noturna anteontem, dia 16, e você, ao me ouvir falar de "papai do céu", soltou essa. Eu, feliz da vida, dei corda ao pegueno diálogo, que fluiu assim:
Mamãe: Papai do céu tá no céu perto de onde?
Você: do sol.
-- De onde mais?
-- Da Lua.
-- Isso mesmo, filho! E o que o papai do céu faz pra gente?
-- Cuida!, respondeu, sem pensar duas vezes.
Eu quase morri de felicidade. Que bonitinho, gente!

Mas o que me motivou agora a vir aqui foi a última:
-- "Tô discubido pai!, cóbe!", pedindo seu pai que chegou há pouco do trabalho para te cobrir com o lençol. É lindo demais! A gente não cabe em si. Seu pai ficou repetindo: "Tá discubido, filho?" e dizendo: "Filho, você é lindo!". A mamãe insistiu no descoberto, pra não perder o hábito! Mas foi só um pouquinho, porque achei lindo você tirar da cachola mais uma conjugação.
Parece com os "ele fezeu!"; "trazeu"... que você sabiamente tenta acertar, já que não conhece verbos irregulares. hahahaha. Daqui a pouco fixa na memória e começa a falar sozinho as formas corretas, como as de outros tantos verbos que já aprendeu no imperativo, gerundio e passado. Quem conhece sabe que não minto.
Quer um exemplo?
-- Mãe, abre! (a tampa de algum vidrinho, por exemplo)
-- Tô abrindo! (uma pomada ou o potinho do shampoo)
-- Abri! (qualquer coisa, que possa ou não possa. Desde a pomada, passando pelo vidrinho, até chegar a uma porta de um armário que não pode mexer, de jeito nenhum!)
Mais uma versão:
-- Mãe, sobe!; Tô subindo; Subi!
Viva você! Que papai do céu te abençõe, SEMPRE. Amém.

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